Mariano Soltys
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CARL GUSTAV JUNG (1875-1961)
 
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Jung nasceu em 26 de julho de 1875, em Kessvel, Suíça, filho de Reverendo Paul Jung, pastor protestante, também de família de pastores protestantes, e de mãe Emile Preiswerk, filha de um sionista estudioso do hebraico, e que também era vigário e chefe da paróquia protestante reformada. Sendo Carl o segundo filho, vindo após a ele o irmão Paul, que falece após nascer, e nove anos mais tarde vindo sua irmã, Gertrude, com a qual não teve grande relacionamento. Seus pais eram distantes em relacionamento afetivo, e ele descreve sua mãe como boa cozinheira, obesa, autoritária e sem atrativos. O seu avô materno acreditava em espíritos e deixava uma cadeira para o espírito da ex-esposa sentar, e provavelmente era médium, e sua mãe também tinha dotes mediúnicos, entrando em transe e se comunicando com espíritos. Dizem que Jung já era genial e tímido desde criança, e amigo de infância Albert Oeri relatou que ele ficava com jogos e ignorava os outros, brincando com espécie de um boliche. Jung estudou assim Medicina na Basiléia, exercendo a psiquiatria na clínica psiquiátrica da Universidade de Zurich. Depois foi a Paris e fez curso de Psicopatologia com Pierre Janet, retornando a Zurich. Em 1905 foi nomeado professor livre de psiquiatria. Em 1907 conhece Freud, com quem tem ampla troca e colaboração. Foi redator de Jahrbuch psychopatholgische forschungen. Depois se separa de Freud e lança seu próprio modelo a que chama de psicologia analítica ou complexa. Jung sabia da importância do tema sexual, mas não dava tanta importância quanto Freud ao tema. De 1933 a 1942 foi professor da Politécnica de Zurich. Muda seu nome para Karl, a fim de ficar mais próximo do avô, que era ligado a escritores famosos e artistas, e que tinha muitas aventuras e uma inclinação mística. Seu avô era reitor da universidade. Seu avô era primeiramente Católico, depois convertido ao protestantismo e ainda maçom. Como lembra Maxence: “'seu avô era maçom entusiasta e Grão-Mestre da Loja suíça'. E, ao lamentar que seu avô tenha provavelmente trazido uma modificação particular aos elementos do brasão de sua família, que 'tinha uma fênix como animal heráldico', ele insiste no histórico dos rosacruzes e, principalmente, na rosa e na cruz, que 'representam a problemática dos contrastes rosacrucianistas (per crucem ad rosam), o cristão e o dionisiano, cruz e cacho de uvas, sendo "os símbolos do espírito celeste e do espírito ctoniano'”1. E Jung dizia que seu avô era ademais, alquimista. Seu pai também era maçom. Fato é que em uma lista maçônica, Jung também é Maçom. Mas Jung se interessava pelo ocultismo, inclusive escreveu uma obra sobre Paracelso, chamada Paracélsica. Na verdade, a alquimia é a matéria principal do pensamento de Jung. Ainda, no seu Livro Vermelho rabiscou desenhos de demônios, fala de conversas com divindades, representou incesto, submundo entre outras coisas curiosas. Jung lia obras como de místico Swedemborg e de R.S Mead, este último sobre gnose e teosofia. Também uma influência marcante foi a da alquimia, que estudou amplamente. Geralmente se conhece suas doutrinas como a dos arquétipos, do inconsciente coletivo, do introvertido-extrovertido, mas ele é muito mais do que isso. Joseph Campbel, junguiano, amplia a noção de arquétipo e compara religiões e heróis em nossa sociedade, em seu “O Poder do Mito”. Jung é um místico. E ele ainda tem muito a nos ensinar. Faleceu em Zirich, em 1961.

1MAXENCE, Jean-Luc. Jung é a aurora da Maçonaria. p. 94.
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 04/12/2016
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