Mariano Soltys
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KARL-OTTO APEL (1922-...)

 
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Karl-Otto Apel nasceu em Düsseldorf, Alemanha, em 15 de março de 1922. Licenciado em Bonn e doutor em Maguncia, em 1960. Depois lecionou em Kiel, de 62 a 69, e em Saarbrücken, até 72 e finalmente na Universidade de Frankfurt. Especialista em linguagem e comunicação, e crítico da corrente hermenêutica, além de com Habermas ser um dos mais influentes da Escola de Frankfurt, apesar de ele não se ver da antiga escola, mas de uma nova. Crítico do cientificismo positivista, assim elaborou trabalhos sobre a ética do discurso e restaurou a filosofia prática. Assim introduziu a linguística na filosofia. Em sua visa, além de filósofo, também lutou com o exército alemão, na frente oriental, e fez seus estudos quando foi prisioneiro na França. Completou sua tese de doutorado sobre Heidegger em Bonn. Sua obras em destaque são “Transformações da Filosofia”, “O desafio da crítica total da razão” e “Teoria da verdade e ética do discurso”. Ainda foi professor na Johann Wolfgang Goethe-Universität, de 1972 a 90. Marcante é a presença de Habermas como seu amigo e colaborador. Sua filosofia é a reelaboração da ideia transcendental de Kant da necessidade de um a priori como estrutura do conhecimento. Isso desemboca na sua ética do discurso, com uma comunidade de falantes submetidos as mesmas regras. Uma comunidade limitada de comunicação. Também incorpora elementos de pragmatismo. Também usou pensadores como Dilthey, Max Weber e Pierce. Tudo isso somado resultou na ética do discurso, a que mais é citado o seu amigo Habermas. Mas Apel critica algum ponto da abordagem da ética do discurso de seu amigo Habermas, apesar de colaborar com a mesma, no sentido de se basear mais nas condições pragmático-transcendentais da comunicação, e já Habermas, em um transcendentalismo fraco. Apel ainda foi presidente da 'Charles Sanders Peirce Society. Trata também do tema da legitimidade. Também trata do tema de semiótica transcendental. Mas somos também colaboradores de seu pensamento, uma vez que nossa obra sobre ética tratou de ética do discurso. Discorremos na nossa obra Contrarreforma Ético-filosófica: “Habermas, ao resgatar o projeto da Modernidade, norteia o âmbito da política através da ética do discurso. O exercício político da cidadania passa pelo discurso racional inserido no debate democrático. Há toda uma principiologia procedimental, ou para usar um termo mais próximo da língua alemã, procedurística. Esses princípios ou metaprincípios visam organizar e coordenar o modo pelo qual a comunidade discutirá suas idéias e interesses de modo paritário, regulamentando a sistemática que terá como escopo estabelecer os fins e os próprios meios, o telos e a mediação. Esta ética programática abarca todos os assuntos e conteúdos que toquem o âmbito da política, mas é o setor cultural que procuraremos privilegiar. Em primeiro lugar dizer que bem possivelmente os debatedores não discutirão qual manifestação cultural apoiar e qual refugar. Todas elas, de antemão, deverão contar com o apoio estatal”. Ademais, Apel defende a diferença metodológica entre ciências naturais e humanas. Em entrevistas o autor cita bastante Max Weber. Também pareceu criticar Hempel, Oppenheim e mesmo Popper. E por fim, a parceria Apel-Habermas pode ser comparada a parceria Soltys-Minikovsky.

 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 25/03/2017
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