Maya
Maya
No tempo que não é tempo e no espaço que não é espaço, me encontrei, por sorte do destino.
O sino tocou, tocou, tocou...repetidamente, mas nada mais me demonstrou que o que era repetido.
Na ilusão eu acordei e por acordar nela, sonhava que estava numa realidade que eu mesmo criei,
Não sei de onde, mas quebrei a cabeça para montar o quebra-cabeça e assim o terminei.
Nela havia dor, nela havia prazer, nela havia nascimento, nela havia morte,
Mas o que eu percebia nela é que ela vestia-se de forma semelhante, só trocava as peças...
No mar onde ela se banhava todos se afogaram por esquecer do seu próprio esquecimento, Maya!
Ó, Maya, Maya... A tua ilusão é o que concebemos como o real e a verdade...
Na roda dançavas, Maya...roda da vida era a roda onde tu adoravas brincar,
Mas de tanto rodar, enganaram-nos os teus passos trocados e o teu cabelo solto...
As espirais dos teus cabelos revelaram o teu mistério, mistério de poucos pretendentes, por certo.
Ó ilusão, o teu amor foi a nossa eterna ilusão, Maya...
Pois cegos ficamos na noite, nesta demostravas mais beleza do que realmente tinhas.
Maya, Maya...A mim não enganaste, pois despi o teu véu, santa.
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 29/05/2010