Tempo temporão
Tempo temporão
O tempo temporão passa, despeja o temporal do meu tempo...
Não tens tempo para o bom tempo? Todo tempo existido é bom...
Sentes o Todo? Ele conversa conosco a todo o tempo,
Mas, quem o compreende? Aquele que sento o seu arredor, vista por vista, som por som...
Compreender o não compreensível é abster-se da certeza relativa.
Passa o dia, passa a noite, passa o tempo, passa o passado do iludido.
Quem conhece o sentimento, não sente, mas quem sente, não conhece o sentimento...
O caos da diferença causa indiferença, porém, a ordem da igualdade, torna-se atrativa.
A língua não conhecia, mas procurei um modo ancestral de comunicação,
Não encontrei, pois o labirinto era confuso, sem saída, sem interação.
Constelações de vontades, nascem de pensadas felicidades, onde busca-se a realização.
Passado sem passado, temporal de dúvidas,
Espaço percorrido no deserto das sete solidões, onde habita um escorpião envenenado...
Esquecimento deixado às traças, alimento virtual do número apontado da ridicularização...
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 30/05/2010