alturas
Alturas
No alto da alta torre está o presente poeta, por uma corda que o segura,
Corda segurada por um frouxo nó, perigoso, solto, oscilativo...
Sem saída, um passo em falso, significa o fim de tudo,
Fim de tudo ou começo de nada? A corda bamba que responda a posta pergunta.
As forças se acabam, acaba também o equilíbrio.
A descida depende de desfazer o nó, mas sem descontrole.
Acho que acho que não sinto medo, mas, desejo pelo risco presente...
Aquela que chama, lá de baixo, implora por minha descida ao seu plano...
Quanto mais tonto fico, mais tonto desejo ficar e assim permanecer...
Não há fuga, não há alternativa, não há decisão,
Imóvel, permaneço nas alturas, em ascensão.
Os ventos que aqui batem são demasiados puros...
Leve feito Mercúrio, piso por minhas asas, vôo pelo meu sonho...
Por um frio na nuca, um paralelo retornar, um fim do começo.
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 01/06/2010