Mariano Soltys
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FILOSOFIA DA FELICIDADE - TRISTEZA CORPORAL
Tristeza pode ser algo
corporal


Efeito de uma redução da serotonina no
cérebro, também. Origem em grande parte da
tristeza ou depressão. Alguns imaginaram até o lítio
para superar sua depressão, outros usam apenas de
antidepressivos. Alguém satisfeito com seu corpo e
com sua sexualidade, que pratica esportes e tem
muitos amigos, raramente terá depressão. Mas a
alteração hormonal e mesmo certos distúrbios de
humor podem colaborar, e vemos muita herança
familiar nesses casos. O corpo conhece, o corpo é o
ser-no-mundo. Também um ser-para-si-mesmo. O
corpo é o pensador, é a pessoa, é o seu próprio
médico, não para ele mesmo, mas para a sua
evolução espiritual e moral, para sua dimensão de
ser herdeiro dos “deuses”, ou de sua ligação com os
anjos e seres superiores. Para tanto não basta
estacionar, pois o corpo evolui para sua
personalidade-alma. E a tristeza é muito não ser o
que se é, uma fuga de um caminho, do caminho da
verdadeira natureza. Isso não é moralmente
justificável, mas sim uma expiação muitas vezes.
Compensação. Abusar da alegria combinada com a
maldade pode ser compensada com a tristeza. Mas o
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corpo é o veículo de consciência em que existimos,
não, contudo nós mesmos, que somos eternos.
O corpo chega a ser o próprio espaço, o
próprio universo. Deste modo, tanto o exercício
aeróbico ou anaeróbico é positivo, pois leva a
interação com o corpo, a sua utilidade, bem como
seu toque, massagem etc, podem revelar uma forma
útil de equilíbrio, como se fossem planetas e estrelas
em suas órbitas, em suas linguagens existenciais.
Cada parte do corpo é sincrônica a alguma estrela
ou parte do universo. Tratando a nós mesmo
controlamos o nosso destino, somos senhores e não
escravos. Por isso certa voluptuosidade pode muito
significar, não sob ponto de vista oposto a
moralismos, mas para a significação do templo que
é o próprio veículo carnal. Templo do Espírito
Santo. Todo o corpo é então belo, não existe feiura,
como já falei em meu livro Axiologia. O que nos
importa é o comportamento, a relação de nós
conosco e com o mundo. A tristeza é um
afastamento do corpo, uma morte simbólica, uma
atração pela terra, olhar para o chão, melancolia.
Excesso de terra, falta de elementos ar, água e fogo,
dos demais elementos dos antigos.
A linguagem corporal nos vem à tona.
Quando vemos a fisionomia, sabemos que uma
pessoa já tem propensão à tristeza. Há no sujeito de
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tal sempre maior sensibilidade do que nos demais,
há uma fraqueza, uma tendência a hipocondria. O
extremo de tal é a corcunda e o corpo extremamente
magro. Daí de se poder dizer que a tristeza vem do
corpo, de seu temperamento, de uma determinada
natureza. Não está ligado somente a alguma crise
existencial, relação para com o mundo, socialização.
Isso tudo é efeito, não causa. A depressão é também
a doença diagnosticada por fim, e parece ser uma
epidemia atual. Não se resolve também apenas pela
sexualidade, uma vez que não falamos em histeria,
nem em repressão, mas vivemos em grande
liberação. E pela força dos hormônios e pelos
problemas de humor, vemos que cada vez mais essa
relação de aproximação com a terra, com o
simbólico Hades, inferno. Não se trata de maldade,
nem de castigo divino, mas de uma compensação e
natureza mesma, uma essência dessas pessoas. O
que elas querem nos mostrar? Que somos nascidos
da escuridão, do útero da terra. Parece ser uma
forma do Cósmico dizer a pessoa que existem outros
corpos, que existe outra dimensão, que há também o
céu. Constitui um batismo de dor, uma iniciação. E
a pessoa não deve fugir disso, mas enfrentar, pois
todo o mal parece ser algo que está em nós mesmos,
e não fora de nós. Somos a origem de nossos
próprios diabos, e apenas nós mesmos os
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poderemos vencer.
A tristeza se compensa com alegria, e a fuga
do corpo com a interação com o corpo. A cura se faz
muito pela mudança de hábitos e com alimentação
que traga os outros elementos, como os da cor
vermelha, de fogo, de água e ar. O corpo não
aprisiona, mas libera. Saber fluir suas energias pode
curar muitos males, e a depressão vem dessa
natureza que deseja falar, que manifesta a dimensão
do deus Saturno, do tempo personificado. Porque
um melancólico jovem pode ser um feliz na
maturidade, pois supera os limites do tempo. Quase
sempre essas pessoas refletem muito a energia do
signo de Capricórnio, e a astrologia nos dá outra
chave psicológica ou até mesmo parapsicológica.
Mesmo meu próprio exemplo pode valer, pois
quando uns 15 anos tinha eu corpo raquítico, sendo
que Poe exercícios e mudança alimentar consegui
melhorar até 16, ser mais “vistoso”. Hoje talvez
voltei a magreza normal, mas sempre é bom
lembrar que é possível se transformar, e que a
tristeza se vai onde toda a vida fala a palavra alegria.
Mas essa natureza saturnina fala muito por si, e
cada dia é um desafio, pois quase sempre se acorda
de mau humor, e se tem de superar esse metal
pesado, esse chumbo. Contudo, por fim vemos que a
coisa é corporal, que somos um somatório de coisas,
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que a tristeza ou a sua irmã mais forte e nova, a
depressão, são na verdade uma lição, algo que
ocorre por algum motivo, e que não são eternas. Por
isso houve um trabalho feito com estudante de
educação física onde o mesmo observou que seus
alunos de terceira idade melhoravam da depressão
com a academia. Isso mostra a interdisciplinaridade
que podemos fazer entre a psicologia, a
parapsicologia e mesmo a educação física. Quanto
mais ajuda para se vencer a depressão, melhor, mas
sempre se deve usar dos medicamentos, em
situações extremas e receitados por psiquiatras.

(dO LIVRO Vivenciado as Verdades, do autor junto a Janete Dopke, à venda na editora AGBook)
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 20/02/2013
Alterado em 20/02/2013
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