FISIONOMIA - LINGUAGEM CORPORAL 5
Linguagem da alma em gestos do corpo
Gestos revelam o que a pessoa deseja. Vemos muitas vezes isso e de forma já intuitiva desvendamos tais ocorrências, porém não registramos as causas e efeitos. Sabemos que para cada pensamento e vontade há um equivalente muscular ou físico, e que por algum atavismo já vem sendo arquivado por milênios. Claro que hoje um homem não tem o mesmo comportamento daquele que vivia na pré-história, mas vemos que simbolicamente guarda gestos que levam aquela época. Mesmo a tempos de pistoleiro os homens ainda estão vinculados, como na posição de pegar no cinto da calça, com dedo indicador apontando para baixo, o que parece um modo simbólico de sacar seu revólver, agora não existente.
Assim temos que guardamos uma herança e que de forma inata temos certos gestos que podem revelar nossas vidas passadas, ou uma herança genética de antepassados que está guardada em nossos gens. Temos assim aparência de alguém que quer jogar uma pedra, quando colocamos um braço levantado ou fechamos o punho, bem como uma posição que lembra um boi de tourada, quando estamos com raiva, abaixando a cabeça e assim por diante. Além de nosso rosto seguir a aparência de animais, como demonstrou Aristóteles, percebemos que certos gestos também guardam semelhança com animais e suas posturas, e que pelos seus arquétipos temos até hoje no poder e liderança do mundo símbolos como a águia (império romano e exército norteamericano...). A coruja ainda é tida como animal misterioso e usam-na como símbolo da filosofia e ainda até da bruxaria. O cordeiro como símbolo de pureza e obediência, a pomba como símbolo de amor e por aí vai. Mas o gesto de um intelectual erguer a cabeça lembra em muito a posição de uma coruja, que tem livre movimento da mesma, podendo girar 180 graus (como se o conhecimento e pensamento pela inteligência pudesse ser invertido...).
Mas a posição que falei antes, de cowboy pode ser clara forma de apontar para a sua área de interesse, que é a área instintiva e sexual, mostrando exacerbada confiança. Já nas mulheres existem uma série de gestos que são característicos, como quebrar o pulso, balançar cabelos, estes que não podem ser feitos pelo homem (os homossexuais fazem mesmos gestos femininos, parecendo possuir alma feminina...). Tratam-se mesmo de gestos de gênero, não tanto para a sedução, mas pela natureza mesma. Claro que quando um homem mostra sua masculinidade ou uma mulher exagera em feminilidade quer seduzir, como o exemplo do batom vermelho e maquiagem. Mesmo em se tratando de um serviço profissional ou intelectual, mulheres com lábios e face bem maquiados geram mais confiança nos homens, e são tidas como mais competentes. Outras mulheres não gostam pela aparente competição na conquista, que se não é consciente, é inconsciente. Também a mulher que usa óculos atrai mais os homens de negócio, e em alguma apresentação ou palestra têm estas uma confiança maior do público masculino. Então não apenas gestos, mas a forma que se toma diante dos sujeitos faz com que se comunique certo desejo. O uso de saias, dependendo do cumprimento, pode ser tanto um afastamento como um meio de atrair a atenção, mas uma empresa o normal é que se use em comprimento próximo aos joelhos. Seria o mesmo que dizer, eu mostro a área de reprodução ou eu não mostro. Muitas vezes isso parte para o decote do busto, e quase sempre está ligado a autoestima da mulher, e não em formas de seduzir homens, como falam outros autores, haja vista as mulheres terem parceiros e se focarem bem no trabalho. Para sustentar o amor de filhos a mulher casada se foca unicamente no trabalho, e não anda por aí a seduzir homens, anão ser que seu caráter seja falho. Parece que outros autores de linguagem corporal entendem esses conhecimentos como modo de manipular pessoas, e “conquistar” sua confiança. Isso já critiquei e critico, uma vez que seria o mesmo que conhecer produtos químicos para envenenar pessoas, ao invés de usar para progresso tecnológico.
(DO LIVRO DO AUTOR: FISIONOMIA OCULTA, DISPONIVEL EM www.clubedeautores.com.br)
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 06/03/2013