Um novo Papa argentino: Francisco I, imagem do santo da natureza
Um novo Papa argentino: Francisco I, imagem do santo da natureza
O Papa foi eleito, e temos assim um representante de Pedro. Francisco I, Jorge Mario Bergoglio, argentino, tem assim a missão cósmica de ser guia da Igreja, sendo o católico o primeiro Papa não europeu depois de 1000 anos do bispado máximo do Velho Mundo. Espera-se assim um Novo Mundo também na concepção católica, apesar de que a Tradição sempre se envolve daquilo que será tido por “antigo”. Espero que esse jesuíta possa reatar ligações com outras igrejas cristãs, a exemplo do que tinha feito João Paulo II. Fato é que os jesuítas têm uma ordem à parte, com determinado poder e influência na história. Depois de João XXIII, que teria sido o último dessa linha, fato é que espero seja a mentalidade latinoamericana algo mais avançada que a europeia. Este homem enfrentou a ditadura argentina, e tem assim afinidade com pobres, um homem humilde que anda lado-a-lado com o povo. A teologia da América latina é diferente da europeia, é mais social. Assim esse Papa pode nos levar a discussões mais sociais, a exemplo de encíclicas como Mater et Magistra e outras, com a diferença de agora não ter mais um comunismo estatizado ou soviético, nem um marxismo na moda, como naquele tempo. Há boatos que esse papa era opositor de Bento XVI, e assim podemos ver alguns focos diferentes do Papa anterior. Talvez não mais aquele materialismo histórico do marxismo, mas um materialismo consumista pode ser o combate do novo Papa, em nome da fé em Cristo e na caridade, esperança, mais que no mero acúmulo material e busca do prazer carnal. A espiritualidade sempre ganha, uma vez que um homem voltado ao espiritual faz com que se repense determinadas concepções, ainda mais em uma sociedade fria e descrente, como aquela que presenciamos em atual cultura. O problema não é uma crise da Igreja Católica, mas uma crise cultural global. Vejo que desde que busquei o misticismo, seja em linhas não tão gratas a religião, mas mesmo assim que me fizeram a respeitar e entender mais as religiões cristãs e outras, e que me fizeram a compreender que sim, há muita coisa que o Catolicismo defende que se sintoniza a uma mística que leva a experiências reais, vividas por vários mestres. Vemos também que o nome Francisco nos leva ao iluminado São Francisco de Assis, que tanto amou a natureza e ainda nos deu lições de tolerância para com o povo islãmico. Nesse atual momento, isso é fundamental, para que se apresente numa busca de paz mundial e real fraternidade. O nome Francisco foi usado pela primeira vez, e nos leva a um verdadeiro santo, com suas chagas e milagres. Jorge terá assim uma forma de demonstrar a inspiração do Espírito Santo e na compreensão do que ensinou Cristo, sendo assim que bom será ser a sua imitação. Um Papa latino melhora em muito a busca do cristianismo aqui no Novo Mundo, e espero que da superação de antigas crises e de revisões quanto a concepções em relação a temas polêmicos, com verdadeira justiça para com padres infratores, no caso da violência sexual, e na percepção de questões tecnológicas e práticas, como na permissão de método de contracepção. Mas vemos que um Papa já idoso deve manter a tradição e assim não provocar grandes mudanças. O retorno fé já é grande vitória, e a espiritualidade que compensa um pouco o materialismo da sociedade pós-moderna já é por si só positiva. Se o nome nos levar a ordem dos Franciscanos, nos garante uma grande integridade. Também a ordem Jesuíta é bem fiel ao Papa, e tem uma certa força a Companhia de Jesus, além daquela que conhecemos na fé de meros padres. Jesuítas evangelizaram os índios e os orientais, então pode ser uma possibilidade uma busca do novo Papa de cristianizar mais a China, o novo império mundial. Interessante que o Papa não era o mais falado, ou esperado, e que a América Latina sempre teve muitos católicos, não sendo justo um Papa de nação com pequena representatividade. Francisco I tem assim uma busca de imitar no possível Cristo, em serviço extra da Companhia de Jesus.
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 13/03/2013
Alterado em 13/03/2013