Mariano Soltys
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Ciro, arqueologia e o Messianismo



 
Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão; eu irei adiante de ti, e tornarei planos os lugares escabrosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro”. (Isa. 45:1) “Que digo de Ciro: Ele é meu pastor, e cumprira tudo o que me apraz; de modo que ele também diga de Jerusalém: Ela será edificada, e o fundamento do templo será lançado” (Isa. 44:28). “Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós de todo o seu povo suba, e o Senhor seu Deus seja com ele. (Torá, II Cro. 36:23)


No livro de Isaías vemos a referência e esse iluminado que venceu o poder de Babilônia, que havia dominado anteriormente Judá. Esse rei da Pérsia aparentemente em uma hermenêutica é muito mais que o mero sujeito que viveu ao seu tempo, sendo que a compreensão é muito mais que histórica e moral. Apesar da existência do “Cilindro de Ciro”, tesouro de arqueologia bíblica, onde se fala dessa conquista. Fato é que se revela grande saber na arte da guerra, e por consequência, na libertação do povo judeu do jugo babilônico. Mas o messianismo judeu já é de longa data uma referência de elevada hermenêutica ou interpretação das Escrituras. Vemos que com o cristianismo se dobrou o livro de Isaías para ver em todas as referências a pessoa de Jesus Cristo, quando em muitas vezes falava mais em Ciro, ou em Emmanuel, que era também outro homem. Apesar que isso nada modifica, porque Cristo é mais que um homem, sendo Homem-Deus. Já nos escritos de Saint Martin e Jacob Böehme vemos bem a dimensão divina do Salvador. Assim o Cristo pode estar junto a rei Ciro, como a qualquer rei onde se faça um com o Pai, ou com Jeová (IHVH). O que revela uma universalidade do messias, é que Ciro é um gentio. Desta forma, vemos que o “povo escolhido” também é democrático, e que em Jesus isso se ampliaria, com auxílio de seu tutor João (o filósofo), bem como em Pedro, Bartolomeu, Mateus, Paulo e outros que nem sempre eram circuncidados. Jesus sendo um cabalista (da ordem de Melquizedeque e essênio), abria a outras nações a salvação. Unger fala que Ciro é modelo de messias. E Ciro estava profetizado em várias passagens, e teve importância para Jerusalém e o templo, conforme Josefo. Fala que o templo de Jerusalém lá era dedicado ao culto ao Sol. Mas Ciro, sendo herdeiro desse reino de Nabucodonosor, também é suspeito. Também há a coincidência de vários povos terem cultos parecidos ao de Israel, como a dualidade entre um deus bom e outro inimigo, as leis morais (como não matar, roubar, etc, conforme Livro dos Mortos), mesmo pelo zoroastrismo e certos nomes. Babilônia não significa como apenas alguns veem, confusão, terra de pecado e perdição, mas “cidade de Deus”, e no mais extremo, portal para o Sol. Em apocalipse vemos uma analogia com a prostituta ali descrita, montada na Besta, o que tem bem esse conjunto de significados. Escavações de Laquis, os manuscritos do Mar Morto, escavações em Ras Shanra, cerâmicas descobertas, escritos cuneiformes, poliedro de Senaqueribe, pedras escritas em alfabeto aparentemente semítico, e uma série de descobertas estão revelando fatos históricos que complementam as Escrituras. Quando em crônicas se diz que a Ciro, Deus deu todos os reinos da terra, nos leva mais a pensar em Satanás, do que em Jesus. Porém a consciência messiânica acabará por governar todas as coisas, pelo reino de amor, perdão, e uma fraternidade real. Isso vem aos poucos sendo semeado por diversas pessoas que encontram Deus, em Deus do seu coração. Assim Ciro estava com Cristo em seu coração, pois cumpria com a missão de libertar um povo, e bem como de abrir caminho para o ministério de Jesus. Ciro II é importante para a reconstrução do templo, bem como com auxílio do general Dario. Especial é Deus usar de quem não é esperado para a Sua obra. Vimos também nos evangelhos apócrifos, descobertos e que vêm com a arqueologia no geral revelando coisas, que existe sintonia dos povos, e que o “braço” de Deus está por todos o universo. Mesmo Ciro prefigurando Cristo, não foi o ideal de Isaias, e o Mashiah (Messias) teria de assim ser alguém de uma obra mais espiritual. Outros escritos, como o Zohar, veem em muito uma semelhança do Messias com o Anjo da Face, Metatron. Assim vemos que a consciência messiânica, e Cristo mesmo há de governar as nações, não por uma figura histórica, mas pela presença de seu Espírito Santo em todos aqueles que buscam a salvação espiritual. E Ciro em muito revela um ungido, abençoado a abrir a porta para esse caminho, justamente em Babilônia (o portal, cidade de Deus etc), com o desvio do rio Eufrates e a embriaguês dos inimigos em seu auxílio. Fontes Manual Bíblico Unger, p 265 A Bíblia disse a verdade, Charles Marston Revista Despertai, mai 2013 Torá (versão e book MS reader) Bíblia (versão Almeida) Coletânea de teologia João Wesley Arqueologia bíblica para crentes, John Argubright Geografia e arqueologia bíblica, CETEBRAE Zohar (versão ebook)
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 19/07/2013
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