Mariano Soltys
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Os essênios e a conexão José e Asafe


Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor, e deste que será? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? (João 21:21-23)
 
“Tu pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso ainda mais o odiavam por causa dos seus sonhos e das suas palavras” (Gen. 37:8)
 
“E o rei Ezequias e os príncipes ordenaram aos levitas que louvassem ao Senhor com as palavras de Davi, e de Asafe, o vidente. E eles cantaram louvores com alegria, e se inclinaram e adoraram.” II Cro. 29:30
 
     Com a descoberta dos manuscritos do Mar Morto, bem como com uma série de escritos de algumas sociedades de estudos místicos, vemos que os Essênios tomaram um lugar especial, ainda mais por sua doutrina ser bem assemelhada àquela ensinada pelo cristianismo. O fato dos essênios serem espécie de terapeutas, cuidarem dos enfermos, se batizarem em água, doar todos os bens aos pobres e ter uma ceia que em muito se assemelha a santa ceia de Jesus, faz desta seita quase secreta, um ponto focal na vida de dois mestres: o próprio Jesus e o outro, não menos sábio, João.
     Os essênios defendiam um ponto central que aproxima do cristianismo: que é a vinda do Messias (Mashiah), do salvador, constituindo verdadeiro messianismo. Também esse herdeiro de Davi parecia muito com um líder entre os essênios: o Mestre da Retidão. Características do mesmo se encontraram em vários grandes homens da Bíblia, como José egípcio, o José pai de Jesus, bem como em Asafe, que teria de ser herdeiro da linhagem de Sem, filho de Noé, que seria a origem da medicina entre eles, um mestre na arte. Esse Asafe teria escritos os Salmos 50, 73 e 83.
     Fato importante na doutrina do messias é que eles são 2: o messias sacerdotal e o messias real. Um assim seria identificado com João, e outro com Jesus. Jesus teria ficado com a fama e recebido toda a glória, e João teria sido esquecido. Mas com equívoco. João nasceu e foi já enquanto bebê perseguido de morte por Herodes, e assim sua mãe Elizabete fugiu para o deserto. Também quem teria nascido na manjedoura teria sido João. Certa tradição teria colocado o nascimento de Jesus em uma caverna dos essênios, espécie de hospital, de modo quase todo esperado. Também os três magos teriam visitado João quando de seu nascimento. Ambos seguiam a linha de um grande mestre essênio, o Mestre da Retidão, que teria vivido 200 anos antes de Cristo.
     Jesus teve vários discursos que atestam a característica de José-Asafe ou do Mestre da Retidão, como a afirmativa de ser transeunte. O Mestre da Retidão era um transeunte, ele passava de cidade a cidade, sem ter local certo de morada. Também Jesus fala que os pássaros têm ninho, mas o Filho do Homem não tem onde repousar. Parece que os essênios se infiltraram entre os judeus e começaram o cristianismo, e que mantiveram suas características. José foi odiado pelos irmãos e jogado em um poço. Jesus também se dizia que um profeta é estrangeiro. Várias passagens do Evangelho começam a mostrar a linha dessa tradição. E Asafe era uma espécie de sábio, vidente, mago e astrônomo, e aqueles que após curados em Nome de Jesus, eram chamados de “Asafe”. Um dos construtores do templo de Salomão era de nome Asafe, e o próprio Salomão usava vestes brancas (semelhante a essênio...), segundo uma obra de Josefo. Também vemos uma certa semelhança entre nazireus e essênios. Também José de Arimatéria teria cuidado de Jesus no momento da morte deste e ressurreição, e depois viajado muito (um transeunte...), sem nação certa para ficar, de acordo com tradições islâmicas.
     O que parece muito clara é uma conexão com tradições islâmicas, e de judeus cristianizados ou não, que vieram do oriente, por contato com os Cruzados, os quais traziam consigo esses tesouros de sabedoria. José e Asafe eram por lá muito respeitados, e em muito se assemelhavam ao comportamento essênio e do Mestre da Retidão. Alguns se chamavam de Jesus, o que acabou se tornando boato de Jesus chegando até a Índia e perambulando entre as nações. Fato é que o conhecimento viajou, e que o nome José é muito comum, sendo depois provavelmente o de Jesus Cristo também, de modo que surgindo profetas com o mesmo apelido, acabou-se por ver neles os originais, conservando tumbas que ainda são mostradas por arqueólogos.
     Em muito parece que os essênios continuaram numa seita chamada de “terapeutas”, e que depois podem seus ensinamentos terem sido conservados pelos Templários. Por isso de ordens de cavalaria cristãs terem como patrono João, porque ele era talvez tido secretamente também como um messias. Também há escritos que falam de um sósia sendo crucificado, e que um desses dois messias teria sobrevivido. Fato é que pelo ferimento da lança não se sobreviveria a crucifixão, apesar de alguns dizerem que os essênios possuíam alguns remédios milagrosos. Cuidando medicamente daquele que teria ressuscitado, eles teriam de fugir, restando em Q’unran aqueles vasos que foram achados com pergaminhos e tradições que viram Jesus em outras nações do oriente, em especial em locais islâmicos, na Caxemira e até na Índia, após a morte. Muitas vezes, isso ocorreu com o personagem profético se chamando José, ou mesmo Jesus Cristo ou Asafe, em muito semelhante ao Mestre da Retidão dos essênios. E José deveria ficar vivo até o retorno de Jesus, segundo João 21:21. Assim se tornou o eterno transeunte.
 
.de livro do autor, Bíblia e Mistérios
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 02/08/2013
Alterado em 02/08/2013
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