Mariano Soltys
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GÊNESIS capítulo 1
 
 
1 No princípio criou Deus os céus e a terra.
 
Comentário: No início (Bereshit), as Inteligências Celestiais, através de sons e números, bem como através da Luz (Aor), e mesmo pelo Éter, criaram pelo pensamento um universo potencial. A letra Beth da palavra Bereshit significa “casa”, então era uma morada para a emanação de Deus. Assim é a relação entre o Infinito (En Sof), e o finito (as esferas da Árvore da Vida cabalística, por onde desce a água ou a luz). A Criação é mental, ela se faz na mente de Deus (conforme doutrina hermética). E B’rash é Rash, cabeça. Na Sua cabeça está à coroa (kether), que é um “Nada” místico, um ponto no centro de um círculo ou esfera. E palavra é antes som, é um mantra que gera todas as coisas, o Nome que não pode ser pronunciado, IHVH (Yod, He, Vau, He). Então o universo astral não existia por si mesmo e foi assim trabalhado por essa academia angélica, os Elohim. Adão Kadmon é assim o tetragrama e ao mesmo tempo o tetraktis dos pitagóricos, o triângulo dentro do quadrado, ou uma espécie de década sagrada. E Deus fez assim a Criação pela Torá-Lei, e através das vinte e duas letras que as coisas existem. E céu é a estabilidade da matéria prima e a terra é o movimento.
 
2 A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.
 
Comentário: Vazia e sem forma (tohu e bohu), um universo astral que não existia por si mesmo. Águas ou abismo é o Caos, ou o Éter, a matéria prima homogênea.
Sem forma e vazia significa que estava apenas em potencialidade. Sobre nomes divinos, Tohu está sobre a égide de Schadai, Bohu de Tzebaot, e, trevas dos Elohim. Por último resta o nome IHVH. O Verbo pairando sobre o Éter, e ainda depois a relação do Criador Demirgo.
 
3 Disse Deus: haja luz. E houve luz.
 
Comentário: A Luz é Aor, a inteligência. Essa Luz é vital e se relaciona as trevas, que são a vida latente (Chochekh). Não existe luz sem treva, e aqui se percebe uma inter-relação. Portador de luz ou Prometeu com seu fogo do céu é aqui a chave aparente desse versículo. Há aqui a dualidade, que parece com a ralação das duas colunas, ou mesmo do outro lado e de sua árvore (da ciência do bem e do mal). Mas a substância aqui de Aor parece indicar uma unidade. Em Aor nascerão três universos: celeste, astral e humano.
 
4 Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.
 
Comentário: Relação entre a luz, inteligência e a vida latente (treva).
 
5 E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
 
Comentário: Dia: manifestação fenomênica positiva e noite, manifestação fenomênica negativa. A árvore da vida (dia) e a árvore da morte (noite). Tríplice universo, da razão do Verbo a sua palavra e ato.
 
6 E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
 
Comentário: E Aor pronunciou o encantamento sobre o oceano das águas vivas. No onisciente e translúcido Éter. Um oceano de forças cósmicas. O mar é o mundo espiritual.

parte do meu livro, Bíblia e misticismo, pela editora AGBook.
 
 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 13/09/2013
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