Mariano Soltys
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Bíblia da Igreja Ortodoxa etíope e presença de mais livros que outras
Bíblia da Igreja Ortodoxa etíope e presença de mais livros que outras


Vemos nos comparativos de números de livros da Bíblia a quantidade maior de livros presentes na Católica, em relação a Bíblia protestante. Contudo não percebemos que existe a versão da Septuaginta, que tem ainda mais livros, e ainda a versão da Bíblia da Igreja Ortodoxa Etíope, que chega a ter mais de 83 livros, por acrescentar alguns chamados ou tidos por apócrifos.
Já abrindo a septuaginta, se percebe a presença de 4 livros de Macabeus, de Salmos de Salomão, Odes e outros livros. A protestante chegou a tirar todos os livros de Macabeus, bem como Eclesiástico, Sabedoria, em um total de 11 livros que estavam incluídos na Católica. Esses livros já são chamados pelos protestantes de apócrifos. Porém na Septuaginta há mais, e na versão da Igreja Ortodoxa Etíope há bem mais.
Na Bíblia da Igreja Ordoxoxa Etíope há inclusive o Livro de Enoc, bem como alguns como Atos de Paulo, Oração de Manassés, Salmo 151, 1 Clemente, 1 Esdras, Pastor de Hermas, 4 Livros de Macabeus, Bel e o Dragão, Odes e ainda Jubileus. Totaliza assim em torno de 90 livros, mais que as outras bíblias. São muitos dos livros que que cristãos de várias denominações veem como apócrifos ou até mesmo proibidos, ou mesmo heresias. Contudo sabemos que a escolha do que é canônico se fez muito por opções políticas. E são livros que dão muitas respostas históricas não presentes em outras Bíblias, de onde são suprimidos. Já a Bíblia Hebraica nem tem o novo testamento, a não ser que seja de judeus messiânicos.
Vemos que desde a descoberta de arquivos históricos bíblicos em Nag Hammadi, Egito, em 1945, fica cada vez mais estranho falar em livros apócrifos em comparação aqueles que estão na canônica. Mesmo porque são até muitos deles anteriores e mais puros do que aqueles das Bíblias comuns, já tão alteradas por traduções e gostos de cada seita ou designação cristã. O Evangelho de Tomé é muito bom e tem vários ensinamentos de Jesus que se confirmam em outros Evangelhos. Assim o Livro de Enoc fala dos gigantes e de Noé, temas que não possuímos nas bíblias tradicionais. Não há prejuízo nenhum em se incluir estudos, desde que se tenha o critério de selecionar o que se pode ter como central ou não na evangelização. Fatos como os da infância e período não público da vida de Jesus podem assim estar presentes nesses escritos, auxiliando em estudos e na fé.




Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 26/03/2014
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