Mariano Soltys
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Dia do Trabalho e Problemas de Relacionamento no Trabalho

 

 

Presenciamos mais um dia 1° de maio. Assim lembramos das conquistas dos trabalhadores, que desde a revolução industrial vêm batalhando, e que graças a comunistas e anarquistas conquistaram muitos direitos. No Brasil, tivemos como expoente de conquista o feito pelo presidente Getúlio Vargas e a nossa Consolidação das Leis do Trabalho. Mas o problema atual não é a falta de direito, mas a dificuldade com o relacionamento no trabalho. Assim, o que mais dificulta o relacionamento no trabalho é a fofoca, segundo trabalho acadêmico de conclusão de curso, de psicóloga Priscila Hacke. As pessoas fofocam para esconder seus próprios defeitos, erros e comportamentos não apropriados.

As relações interpessoais requerem uma série de virtudes, em especial certa resiliência. Deste modo, as pessoas precisam aprender a se relacionar, uma vez que isso se torna tarefa imprescindível a vida em sociedade e no trabalho. Respeitar particularidades, pois cada pessoa tem sua personalidade e individualidade. No trabalho, isso se amplia pela exigência de certas competências, que podem revelar a inveja alheia, haja vista a não posse das mesmas qualidades. Nesse tema é de muita utilidade a psicologia organizacional, pois estuda o comportamento das pessoas, relações consigo mesmas e com outros, bem como suas emoções e personalidades.

O primeiro passo é o autoconhecimento e saber colocar-se no lugar do outro. Sem isso, os conflitos aparecem e a relação no trabalho fica insustentável. Isso é a empatia. Passamos a maior parte do dia no trabalho, então é importante a compreensão de saber se relacionar nesse ambiente. Os sentimentos de simpatia auxiliam a produtividade, segundo Moskivici. O mau relacionamento traz a queda da produtividade. E a flexibilidade comportamental auxilia essas relações de trabalho, onde se tem a competência de possuir vários pontos de vista, os compreendendo. Essa competência interpessoal é útil, nesse sentido. Saber se relacionar é mais que usar de interesses e buscar objetivos financeiros, mas é também saber se colocar no lugar do outro.

Os conflitos existem não apenas por metanarrativas diversas, mas porque não se aceita a diferença e a tolera. As pessoas nunca têm ideias idênticas, então gera o conflito. E o papel crucial para a boa relação no trabalho é a comunicação. Usar da linguagem do colaborador fará do líder alguém mais aceito e apoiado. Por isso partidos populares e sindicatos de trabalhadores têm mais apoio. O trabalhador é a maioria porque passamos segundo antropologia, de uma fase de caça e trabalho braçal, para um trabalho intelectualizado e mesmo mecanizado. Superamos o excesso de trabalho para termos também no ócio algo criativo. Levamos também a inteligência emocional para o ambiente de trabalho, onde não mais é permitido se maltratar (como a proibição do assédio moral).

Palavras como “sempre” e “nunca” atrapalham esses diálogos, e fazem ainda um maior distanciamento na sociedade moderna, de extrema competição e estresse. Contrariamente a isso, para facilitar, também deve se aprender a ouvir o outro, e a pessoa deve ser mais assertiva, mais sincera e realista, mas sem ofender o outro. Trabalhar é algo muito cooperativo, e dependemos de muitas pessoas, como padeiros, agricultores, lixeiros e todos que nem sempre são tão valorizados, mas que são essenciais para todos. Não apenas trabalhos tradicionais são necessários, mas o mais simples “limpar o chão” deve ser visto como essencial e honrado, uma vez que guarda grande finalidade ética. O dia do trabalhador nos faz assim exaltar todas as pessoas, independente de se as mesmas têm salários altos ou não, mas justamente em se engrandecer seu labor justo e correto, na sua integridade espiritual e humanista.

Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 04/05/2014
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