FUTHARK
Ele conversava com os cavalos, disso eu me lembro. Meu bizavô tinha esse dom, e não era apenas um carinho, mas sim uma comunicação. Lembro dele curando vários animais, quando eu era pequeno. Meu avô e pai dizem que aprenderam algumas dessas técnicas, mas não me ensinaram ainda. Quando eu fizer vinte e quatro anos, me ensinam. Mas sobre a casa de Rio Vermelho, resolvi o problema mandando que se rezassem sete missas, uma vez que lá seria difícil fazer ritual de limpeza espiritual. Já a Zel está de férias e foi viajar com os pais. Esperava eu achar na casa uma espécie de gênio brincalhão, estilo Lóki, mas não foi assim tão intenso. Venderam, pela casa conseguiram bom preço, por causa da rua asfaltada lá em frente. Mas sobre meu biza, ele fazia parte de uma sociedade de cavaleiros, que era comum na Prússia, no passado, e eles guardavam muitos segredos. Quando vieram aqui para Santa Catarina, trouxeram de tudo um pouco. Achavam água sem equipamento, faziam facas que não desfiavam, casa de madeira que não queimava, conheciam remédios naturais, afastavam a tempestade e mais. Mesmo os padres aprendiam com eles. Mas lá vou eu procurar o galo de ouro...