Mariano Soltys
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Textos
Orar demais atrai demônios, bênção contra mau olhado em nova cidade, Adão descobridor do fogo e má-inclinação vencida por Davi, segundo o Talmude
 
“O que guarda a sua boca preserva a sua vida; mas o que muito abre os seus lábios traz sobre si a ruína”. (Prov. 13:3) (Almeida)
 
“José é um ramo frutífero (um filho encantador, um filho encantador para o olho), ramo frutífero junto a uma fonte; seus raminhos se estendem sobre o muro”. (Gên. 49:22) (No Talmud, Berachot, Cap. 9: 55B)
 
“e o nome de meus pais Abraão e Isaque; e multipliquem como peixes, muito, no meio da terra” (Gên. 48:16) Bíblia Hebraica
 
“Percebe Sua presença, por onde quer que venhas a andar, e Ele há de pavimentar teu caminho” (Prov. 3:6) Bíblia Hebraica
 
“e como se fora morto está meu coração em meu peito” (Sal. 109:22) “Pois Ele se posta à direita do destituído, para salvá-lo dos que pretendem condenar a sua alma” (Sal. 109:31) Bíblia Hebraica
 
 
                Vemos muitas vezes as pessoas orando. Porém ao se notar um exagero, logo nos vem certa desconfiança. Mas quem mais os pode perturbar são os demônios, como ensina o Talmude, sendo que também aconselha a pessoa a nunca ficar sozinha, e nem dormir só. Uma vez que certas coisas atraem eles, pois têm ciúmes. Pois só atacam alguém que está sozinho. Também não se deve comer ou beber em pares, como dois pratos ou dois copos, ou segurar com duas mãos, pois se atraem por tal situação. Também eles gostam de pessoas não recatadas, e também atacam em banheiros. No geral o perigo está maior à noite. Mas somos protegidos por anjos e orar de modo correto nos trará proteção. Como se referiu o Provérbio, se diz que quem guarda a boca preserva a vida. Pois males como a lepra surgiam da má língua e fofoca, como já comentamos.
            Já quando se entra em uma cidade suspeita, se deveria recitar determinada bênção, está dedicada a José, como citado em Gênesis, uma vez que ele era um filho encantador para o olho, logo, contra o mau-olhado. Se deve antes colocar dedo polegar de uma mão na outra, e recitar: “Eu, fulano, filho de fulano, descendente da prole de Iossef sobre o qual um mau olhado não tem poder”.  Assim onde se lê olho na citação, se deve compreender mau olhado. Para os descendentes de José, o mau olhado não tem poder, como também se cita, eles se multiplicaram como os peixes, e assim como a água cobre os peixes, assim o mau olhado não tem poder sobre eles. Pois a Presença Divina (Shekiná), pavimentar nossos caminhos, como disse o provérbio.
            Lemos de descobertas antropológicas e científicas, que o homem teve grande progresso quando descobriu o fogo. Mas qual homem? Ora, a Adão. Assim resta em primeiro lugar a bênção sobre a chama. Isso “para recordar a criação do fogo, que teve seu primeiro lugar no Shabat, quando Hashem deu a Adám a com preensão instintiva de que friccionar uma pedra a outra faria surgir fogo” (nota de Cap. 7, 51B). Assim como já aprendemos através do Zohar, Adão além de ter se casado com Eva, pois era mandamento o casamento, ainda teria recebido um Livro do Eterno, bem como descoberto o fogo. Para tanto, já possuía regras e sabedoria, pois não teria saído do Éden se não tivesse regras que fossem descumpridas.
            E por fim, sobre a má-inclinação, podemos relembrar os ensinos do Hassidismo, onde essa doutrina ganha grande enfoque, pois a presença de vícios e maldade afeta o coração, e o inimigo surge da esquerda, ou seja, é formado por demônios, ou seja, pelas qliphot da Árvore da Ciência, na cabala. Assim como vemos no Salmo 109, Davi teria dominado essa má-inclinação, bem como os seus inimigos (os demônios), e para tanto como se essa má-inclinação estivesse morta dentro dele, e por isso se falar em coração. Não significa que Davi perdeu o amor, mas que dominou esse traço que poderia levar aos pecados e a perversidade, originadas nas cascas ou qliphot. Assim ele foi um justo, pois os justos dominam sua má-inclinação, ou sua alma animal. Logo, onde se lê “coração”, se deve entender má inclinação, nesse sentido. Assim passamos por mais lições do Talmude e acessamos a tradição oral, que nos leva a uma interpretação da Tanach (Bíblia), mais correta.
           
           
 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 06/10/2014
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