Mariano Soltys
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A SEGUNDA VINDA DO MESSIAS E A SUA DIVINDADE







“Assim disse Jeová, o Rei de Israel, e seu resgatador, Jeová dos exércitos: sou o primeiro e sou o último, e além de mim não há Deus” (Isa. 44:6 – Versão Novo Mundo)


“Assim disse Javé, o Rei de Israel, seu protetor, Javé dos exércitos. Eu sou o primeiro, eu sou o último. Fora de mim não existe outro Deus” (idem – Versão Nova Pastoral)


“Assim disse o Eterno, o Rei de Israel e seu redentor, o Eterno dos Exércitos” (idem – Bíblia Hebraica)


“e seu redentor” (Versão João Almeida e Ave Maria)


“Até quando durará a visão do sacrifício contínuo e da transgressão que causa a desolação, para fazer tanto do lugar santo quanto do exército algo a ser pisoteado? Ele me disse pois: 'Até duas mil e trezentas noitinhas e manhãs'” (Dan. 8:13-14 - Versão Novo Mundo)

“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era um Deus” (João 1:1 – Versão Novo Mundo e Nova Pastoral)



“No princípio era o Verbo” (idem – Versão Ave Maria e Almeida)



 

Vemos que a doutrina de diversas igrejas diverge apenas por questão de hermenêutica e que não são assim tão irreconciliáveis suas visões da Bíblia. As questões mais espinhosas de interpretação talvez sejam aquelas que estejam mais carregadas de simbolismo, e aquelas que dependem de conceitos filosóficos, como o Logos do primeiro versículo de João. Mesmo para o cristianismo primitivo, também outra questão era curiosa: a segunda vinda de Cristo. Muitos esperavam e não cansaram de esperar. Há também quem tivesse desde os primórdios do cristianismo a dúvida se ele se tratava de profeta, anjo, Deus, mas uma coisa talvez seria certa, que ele era o messias. Esses e outros serão os temas.


Sobre as profecias de Isaías, mesmo os judeus e textos muito antigos dizem que muitas já foram realizadas, mesmo em seu tempo, e que se referiam a Israel. Ocorre que claro, há as referências ao messias, e assim uns aceitam que ele era o Yeshua (Jesus), os Judeus Messiânicos, e outros não, apesar de aceitarem um messias de consciência messiânica. Essa Tal consciência messiânica não é tão estranha em doutrinas cristãs, e já surgiu em alguns grupos gnósticos, e há igreja atual que diz que ele veio em “pessoa espiritual”, o que entra em sintonia com aquelas, e também com certas visões místicas. Há quem tenha colocado uma data, usando do texto de Daniel para a segunda vinda, como 1844, o que não aconteceu fisicamente, como esperavam, e outros em 1914, o que talvez tenha ocorrido, se usar dessa visão de pessoa espiritual. Na verdade talvez ambos estejam certos, todos certos, porque Cristo veio em nós, seja como consciência, seja como carne, seja através de seu mistério. O contato com ele já seria algo mais sutil, porém mais difícil seria o mesmo homem daquele tempo voltar, mas também matéria de crença. Há quem diga que Jesus já teria ressuscitado em uma outra forma de corpo, o “corpo Vital”, e que sua segunda vinda seria através de um Cristo Cósmico. Mas sobre o 2300, apenas há nota em uma Bíblia que esse número não se refere talvez a tempo, mas um número feito holocausto, de judeus sacrificados, presente lá no livro I Macabeus, 1:54. No geral se atribui um dia de Deus para um ano humano, e outras criatividades.



Já sobre o Logos há uma questão filosófica, e parece que aí entra uma influência gnóstica de João, e assim se deve compreender o pensamento grego antigo. Esse Logos seria mais uma razão superior, uma ciência ou conhecimento, e então eterno e divino, e se pode talvez por analogia colocar Cristo nesse conceito. Apesar de que na cultura talmúdica judaica se falar que Deus criou através de Dez palavras, ou dez pronunciamentos, colocando essa Palavra ao lado de Deus, e estando com ele. Dessas, poderia se pensar em dez emanações, na cabala, e mesmo a participação de anjos. Em muitas passagens bíblicas os anjos são tratados como o próprio Deus. Fato é que em se penando em Jesus, ele pode se enquadrar em muitas perspectivas. Limitar muito é relativizar sua característica de messias salvador. E sua vinda talvez chegue em nós, quando nos convertermos, sermos transformados (e não meramente se arrepender...), numa metanoia real. Isso está mais de acordo com pegar a cruz e segui-lo, adentrando no Reino, que meramente um homem agindo de fora.

 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 10/02/2015
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