Mariano Soltys
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Textos

O tema dos 10 mandamentos ainda desperta grande curiosidade. Com recentes produções televisivas e cinematográficas, ocorre sempre a busca de se saber mais sobre o tema, ou mesmo de se esperar um efeito especial, como da abertura do Mar Vermelho. Fato é que essa lei teria sido recebida por Moisés no monte Sião, e ainda ouvida por 600000 pessoas, diretamente de Deus. Também detalhe que não é a totalidade de mandamentos para os judeus, que seria 613 mandamentos. Isso resultou de um êxodo do Egito, onde o povo hebreu era supostamente escravizado. Também foi mais um resultado da fé do que de provas históricas, e em muito se soma a uma mitificação. Mas já escrevi em quatro livros sobre a Bíblia detalhes que acrescentam informações pela tradição oral, a respeito dos acontecimentos relatados em produções cinematográficas e mesmo no livro sagrado. Em hebraico, mandamentos se chamam mitzvot. Um bebê judeu faria o juramento para Deus já no ventre com respeito aos mandamentos.

Tábuas da Lei

Um dos dois Talmudes diz que o mundo teria em torno de 6000 anos, e, que 2000 seriam de caos, 2000 de império da Lei e 2000 antecederiam o Messias. Também há um comentário dos sábios judeus que as pedras da Lei de Moisés teriam 6 palmos por 6 de tamanho. Junto às tábuas da Lei estava a cabala, que foi passada por tradição oral.

Existe a Lei oral

Moisés recebeu no monte Sinai as tábuas da Lei (Torá), os mandamentos, a Mishna, o Talmud e até mesmo o Zohar. Usar apenas da Torá escrita seria temeroso, e se deve assim buscar a opinião dos sábios, que perpetuaram aquela tradição oral que se reveste de suma importância para entender o que está escrito. Jesus possivelmente conhecia todas essas coisas, e por isso ensina bem além do que se acha no texto do Antigo Testamento.

Tem de se ver a razão da Lei

Vemos muitas vezes que as regras necessitam de interpretação, e que apenas sua boa interpretação que leva a efetividade. Temos assim de encontrar a razão dessas leis, sua ratio legis, de tal modo que no caso do que temos na Bíblia, não é diferente. Parece que o cerne dessas regras constantes no livro de Levítico é de separar a nação de Israel, escolhida, daqueles povos pagãos, que cultuavam outros deuses, ou melhor, da idolatria. Conhecemos essas regras especialmente pelos 10 mandamentos, apesar de que lembramos que em verdade para a humanidade, ou filhos de Noé, são 7 mandamentos, e que para judeus são 613. Isso ainda inclui a tradição oral, o Talmude e uma série de detalhes, como os ensinados pelo mestre Yehoshua (Jesus), como amar ao próximo como a si mesmo, lição já presente nos Salmos. Ademais, para judeus são duas classes de mandamentos: 1 – Mishpatim, que são os mandamentos racionais e lógicos; 2 – Juquim, que são os mandamentos oriundos da Sabedoria Divina, acima da razão.

Há quem fale em 11 mandamentos

Sobre os mandamentos, existe no Salmo 15 a referência a esses 11 mandamentos como fundamentos de todos os demais, ou seja, dos 613. E a palavra Torá soma 611, sendo que +2, aqueles ditos pela Voz Celestial, seriam iguais a 613. Já, por fim, em Deuteronômio 27:11 e segs., se fala nas 11 maldições que eram declaradas frente ao monte Eval.

Solucionar mandamentos e não violar

A passagem de Mateus 5:19 onde se diz ou traduz “violar um desses mandamentos”, na verdade em grego está iyein, que em latim fica solvere. Assim, significa solucionar. Deve o cristão então solucionar os mandamentos.

Justos guardam mandamentos pois juraram guardar


Os justos guardam mandamentos porque juraram os guardar, antes do nascimento, já no ventre da mãe, conforme ensinam os chassidistas.


(Trechos citados de meus livros sobre a Bíblia: Bíblia e Misticismo, Bíblia e Tradição Oral, A Bíblia Esotérica e Bíblia e Mistérios, de editora Clube de Autores)

 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 07/12/2015
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