JEAN JACQUES ROUSSEAU (1712-1778)
Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça, no dia 28 de Junho de 1712. Nasceu com dificuldade, quase morrendo, e sua mãe faleceu dez dias depois. Esse seu infortúnio e desgraça não abafaram o que seria o seu destino. Seu pai Isaac Rousseau, filho de um hugenote fugido, e calvinista, era relojoeiro. Sua mãe teria deixado uma biblioteca em casa, de modo que passava com pai as noites lendo esses livros, de modo que muitas vezes chegavam a virar a noite, tamanha a admiração com os livros. Em 1722 fica órfão de pai. Foi criado em uma família quase exclusivamente de mulheres, sendo que aos 8 anos de idade, ao receber uma surra de uma mulher de 30, descobre o prazer libidinoso, resultando em um masoquismo. Mas Rousseau se indignava com a injustiça de ver irmãos serem castigados. Aos 13 anos era aprendiz de um gravador em Genebra. Na adolescência educado em uma escola rígida religiosa, pelo pastor Lambercier. Assim, aos 16 anos, meio foge e vai para Sabóia e é auxiliado por uma mulher de 30, a madame de Warens, de modo que essa lhe converte ao catolicismo, sendo ainda amante em certa ocasião, quando tinha 21 anos. Ele mesmo assim a chamava de mamãe. Nesse local teve em seguida vários empregos de professor. Aos 30 anos foi nomeado secretário de um embaixador francês em Genebra, mas ao se expor em suas ideias intelectuais ao mesmo, foi desprezado e chamado de “insolente arrivista” por este. Por fim chega a odiar tanto seu secretário que o ameaça jogar pela janela. Mas Rousseau gostava além dos livros, de botânica e de música, tanto que ia a óperas com frequência, em Veneza. Assim ficava admirado com a sensualidade das mulheres venusianas, apesar de suas dificuldades psicológicas com a alma feminina. Conheceu assim Zulietta, mas quando notou uma imperfeição no seio da moça, ela disse para ele desistir das mulheres e estudar matemática. Assim Rousseau começou a ter atividades políticas e fez serviços diplomáticos. Fica assim em hotel sujo e feio. Nesse hotel que conhece finalmente a faxineira analfabeta de 22 anos chamada Thérèse Lavesseaur, mas apesar da pena que ele tinha dela, e pelo que disse, não era um amor, ela tinha personalidade forte, segundo amigos, e intrigante e mentirosa. Mas essa mulher fica depois com ele até a sua morte. Depois Rousseau teve uma primeira grande participação literária ou filosófica, conhecendo os Filósofos, e participando da Enciclopédia dos iluministas, de Diderot, estando presente na maior e mais poderosa nação, a França. Estando em um círculo de vanguarda de iluminados, certo que Rousseau teria um futuro promissor. Mas Diderot foi preso e seu amigo Rousseau o visitaria muitas vezes. Mas um momento determinante na vida do pensador foi o prêmio que ganho no concurso sobre o progresso das artes e da ciência em relação aos costumes. Teve uma reação extrema e sentimentalista ao saber dessa vitória. Ademais, parece que Rousseau era um romântico, um pouco diferente de seus pares do iluminismo, mas racionalistas. Ele era ao mesmo tempo um iluminista e um anti-iluminista. Achava que a razão provocara a decadência da sociedade. Daí que parece vir a sua doutrina do bom selvagem, bem como a sociedade que corrompe o mesmo. Também ele criticava abertamente a Igreja cristã e seus dogmas, mas isso já era marca comum de intelectuais. Disse que o culto que Deus pede é o do coração. Assim defende uma espécie de religião natural. Sua ideia do contrato social também é uma ideia emprestada dos gregos. Ele procurava a fama. Escreveu boas obras. Uma sobre a origem da desigualdade, outra sobre a educação, chamada Emílio. A obra Discurso lhe dá a fama. Conhece e se envolve mais uma vez com mulheres, com uma madame de Épinay, que observava que seu admirado tinha mais uma babá como esposa, que realmente esposa. Depois conhece Sophie, cunhada da anterior. Com ela passeava pelos bosques e por vezes tinha a experiência do fervor erótico. Era uma relação meio Lolita. Apesar de ser admirado pelo seu livro Emílio sobre educação, Rousseau teria possuído 5 filhos e os abandonado em orfanato. Escreveu romance Júlia. Casa com Thérèse aos 56. Falece aos 66 anos.