Mariano Soltys
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Carrões e belas mulheres: o que mais um homem pode desejar? Velozes e Furiosos 4 (que já está no 7...) parece ser um retorno a primeira produção da franquia, após o 3 que foi em Tókio, o que havia fugido da saga. Com marcas e modelos de carros para todos os gostos, o filme revela a competição interna, entre Ford e Chevrolet, e a internacional, como as marcas japonesas. Mas o filme leva a reflexão.

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De início, antes eu achava o Velozes e Furiosos revelava apenas a psicologia masculina, do macho alfa, eterno Édipo. De uma libido sublimada em máquinas velozes e brilhantes, com belas curvas e traseiras. A “vontade de potência” de Nietzsche. O “motor imóvel” de Aristóteles. Tudo isso parece estar no filme, somado a um budismo revelador: extremo controle, yoga. Isso mostra manobras quase circenses no volante e um túnel muito suspeito por onde correm, em assaltos e manobras em que aceleram contra a lei.



Sempre admirei os carros japoneses. Por aqui se acha que carrões beberrões norteamericanos, ou os caríssimos italianos e alemães são os maiorais. Já os japoneses com preços mais econômicos e também de melhor consumo, tracionados e turbinados, ainda com intercoolers, são mais eficientes. São máquinas inteligentes. Melhor que inteligentzia. E mais eficazes. Assim em Velozes e Furiosos 4 se usam os “muscle cars” para zoar, e os japoneses como o Nissan GT-R e o Subaru TVI para mostrar quem manda na eficiência. No mais carrões menos conhecidos. E belas morenas.


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A velocidade e a perfeição da máquina revela a velocidade e perfeição da mente. Uma noogênese. A evolução é uma adaptação. Darvinismo mecânico. Assim modernizaram o clássico americano com uma injeção eletrônica. Isso aconteceu no mundo real também. Falando em real, o que mais faltou foi realidade na corrida dos túneis. No mais o filme foi excelente e mostra bem o ideal masculino.

O carro é uma práxis da locomoção. É a luta de classes. Também se trata do espírito numa linguagem mecânica. O carro é a paixão turbinada, hedonismo compartimentalizado. No filme se revelam irracionalidades, assaltos, a luta com a lei. A aventura é acelerar, mesmo que o ator na realidade fique enfurnado em um carro parado que balança envolto em paredes pintadas de verde.

O filme tem um bom elenco, e tem uma ótima locação,no México, ou em sua fronteira. Há cenas reais e separa a realidade da aventura. Mas na realidade, só se for na pista e com pessoas especialmente preparadas.
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 06/02/2016
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