Mariano Soltys
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GOTTFRIED WILHELM LEIBNIZ (1646-1716)
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Gottfried Wilhelm Leibniz nasceu na Saxônia, mais especificamente em Leipzig, em 1º de Julho de 1646. Filho de um professor de filosofia, Frederico Leibniz, e de Catarina Schumuck. Seu pai faleceu quando ele possuía seis anos de idade. Sua família era assim eslava. Menino-prodígio, um superdotado, aprende sozinho latim aos 8 anos de idade e grego quando tinha 14 anos. Ainda criança já acessava a biblioteca de seu pai. Leibniz foi assim matemático, filósofo, cientista, bibliotecário e diplomata. A ele é atribuído o cálculo diferencial, juntamente a Newton. Bacharelou mestre em filosofia. Depois foi doutor em Direito. Ainda, trabalha para aristocratas. Ademais, foi membro da Royal Society, bem como fundou vários grupos semelhantes, como a Academia de Ciências da Prússia. Além do cálculo semelhante ao de Newton, ele também antecipa Einstein, quando tem argumento contra Newton, que espaço, tempo e movimento são relativos. Antecipa também a mecânica quântica. Reflete em muito o pensamento racionalista de seu tempo, sendo um dos seus divulgadores, como Wolff e Descartes. O método dele para chegar no cálculo infinitesimal foi a análise do infinito. Também conheceu a máquina de calcular de Pascal. Sua doutrina principal parece ser a da mônada. Apesar de parecer com a concepção de átomo, nela se mostra um aspecto espiritual e metafísico. Fala também dos animais e outros diversos temas. Concilia a religião cristã ao saber racional. Mas, o pensamento de Leibniz é esoterismo iniciático puro, como lembrou Pizzinga. É influenciado por Giordano Bruno, por Robert Fludd, Francis Bacon e Jacob Böehme, entre outros do mesmo elevado quilate. Leibniz talvez seja um dos pensadores que tem mais a ver com o pensamento iniciático e místico. Como também lembrou Blavatsky, apesar dela não considerar Leibniz como um iniciado ou mesmo místico: “ As divisões adotadas por Leibnitz, ainda que incompletas e defeituosas do ponto de vista do Ocultismo, revelam um espírito de intuição metafísica que nenhum homem de ciência, nem Descartes, nem o próprio Kant, jamais alcançou. Para ele existe uma gradação infinita de pensamento. (…). Leibnitz, como os ocultistas, dotava 'toda a criação de vida mental, sendo ela, segundo ele, capaz de gradações infinitas'”1 . Mas Leibniz era sim um iniciado, membro da Rosacruz, participando desse grupo em Nuremberg, em 1666, quando possuía 21 anos, o que lhe abre portas políticas e ainda conhecendo outros, como Spinoza e Descartes. Na ordem é secretário por 2 anos. Na verdade, a mesma Blavatsky reconhece que do encontro de Spinoza e Leibniz surge a doutrina arcaica, uma doutrina esotérica. Para Spinoza havia apenas uma substância, e para Leibniz havia uma pluralidade. Basta ver a concepção do autor sobre o tema “ideia”: “Antes de tudo, porém, queremos dizer com a palavra "ideia" alguma coisa que está em nossa mente. Logo, os vestígios gravados no cérebro não são ideias, pois tenho por certo que a mente é outra coisa que o cérebro ou qualquer parte mais sutil da substância do cérebro”2 Isso parece também antecipar um pouco da parapsicologia. Também lembra da “informação” da mecânica quântica, que está além do cérebro. Fato é que a mônada dele é bem além de qualquer átomo, mas sim algo vivo, mesmo uma espécie de fractal reflexo de todo o universo, ou mesmo a totalidade. Talvez isso chegue a um ponto matemático, a uma ideia ou conceito. Essas mônadas se ligas as essência, não a nada mecânico. Assim parece Leibniz ir em oposição a Descartes e mesmo ao materialismo. É um átomo espiritual. Em mesmo sentido há uma doutrina de mônada na Teosofia. Esta estaria em um estágio da evolução. E ele diz que cada mônada sintetiza toda a história do universo, como o átomo-semente de Max Heindel, ou mesmo algo que contem o Akasha, espécie de “memória da natureza”, onde cada ato, pensamento etc, estaria gravado. A própria matéria como ele descreve em muito se assemelha a física quântica e conceitos bem mais atuais, ainda não assimilados pela cultura. O pensamento e a interação humana ganha cada vez mais força. Fala também do inconsciente em nossa percepções. Possivelmente vai além, tratando até de Consciência Cósmica, para quem sabe ver e identifica em seus ensinamentos. Espírito e corpo como dois relógios, em muito mostram que são uma coisa só, apenas em planos ou dimensões diferentes de manifestação. E Deus é um programador, ou a própria Matrix a que se tem acesso. Não há imperfeição no mundo. Nisso ele acerta, porque a imperfeição está na mente humana, como também ensina Masaharu Taniguchi. E o mundo tende para um maior bem possível, ou já contem o mesmo. Essa aproximação de elogiar o mundo é bem de um Rosacruz, de forma diferente de um gnóstico não otimista, que veria o mundo como um inimigo. Somou assim ao empirismo, a cabala, o hermetismo, a alquimia e outras ciências esotéricas. Segundo Pizzinga: “A motivação primordial de Leibniz, nomeadamente por ser um Místico Rosacruz, era promover a paz e a harmonia entre os homens e entre os povos, ou seja, tentou encontrar uma mathesis” universalis.”3 Apesar de todas as suas conquistas e produções, tristemente morreu solitário e esquecido, em 14 de Novembro de 1716.
1A Doutrina Secreta, Vol. II, p. 339.
2Da origem das primeiras coisas.
3PIZZINGA, Rodolfo Domenico. A monadologia e outros pensamentos de Leibniz. In www.paxprofundis.org
 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 06/03/2016
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