Mariano Soltys
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Antimaquiavélico
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Niccollò Machiavelli (Maquiavel) foi um grande pensador e cientista social. Ele revolucionou o que se entende por política, retirando as virtudes éticas do ato de governar. Muitas Universidades exigem a leitura de uma obra sua, chamada O Príncipe (não confundir com O Pequeno Príncipe), que é uma espécie de manual ao príncipe, mostrando a astúcia que é governar. Mas não é a melhor obra dele, que entendo ser “A Primeira Década de Tito Lívio”. Mas por que falei desse autor italiano? Porque as manifestações pela mudança na política são uma volta ao padrão ético na política, onde sim existem virtudes em ato de governar, como ensinaram Sócrates, Aristóteles, Platão e outros. O povo mesmo questionou o pensamento de Maquiavel, e não porque seja ruim ou bom, mas porque se quer uma confiança maior. Isso supera a divisão partidária, apesar de vermos os maiores interessados aqueles de oposição, que não faziam nada diferente, ou até mesmo pior. Em um Estado democrático ainda temos a oportunidade de nos manifestar sem levar uma cadeia, como ocorria fosse uns 30 anos atrás. Mas Maquiavel não teve uma história de sucesso e nem foi governante, e quando muito secretário ou “puxa-saco” de governantes. Hoje são poucos os que governam, por outro lado, e muitos espertalhões que fizeram da carreira política um modo de enriquecimento, tristemente.



Um novo modelo necessário

 
Um novo modelo de Estado Federativo é necessário, a exemplo norteamericano, de modo que os estados criem suas próprias leis e adaptem essa a seu regionalismo. Dificilmente uma pena que faz uma pessoa do sul tremer, fará o mesmo efeito em uma pessoa do norte do país. Não porque um seja melhor ou pior que o outro, mas porque são diferentes. Não se trata de dividir o país, mas de que cada um tenha a sua liberdade e independência, e que o Estado interfira menos. A política tem de ser um ato mais honroso e não um modo de enriquecer, e os padrões éticos têm de ser severos. Já os governantes têm de ser líderes que pelo exemplo e pela vida mesmo possam ter outros sob comando. Isso nada tem a ver com ser pobre ou rico, mas com a verdadeira sabedoria na ação e eficiência, com o resultado. Claro que o moralismo nada tem a ver com isso, e que certas coisas são exageradas, como calúnias sexuais que ocorrem na terra do Tio Sam. Temos a nossa própria cara e um dia poderemos mostrar também algo que nos orgulhe. Isso começa em cada um, e pelo jeitinho brasileiro que ainda vigora será difícil achar esse sábio que governa. Não impossível.



Governos bons e maus

 
O que o povo quer é um governo bom. Talvez as antigas classificações não sejam bem as exatas, entre boas e más em governar, mas a monarquia seria uma opção. Porém não temos essa tradição mais. O verdadeiro rei seria aquele que reina sobre si mesmo e sobre a corrupção, superando os enganos e erros. Também tem de se evitar a plutocracia e a oclocracia, governos de exclusivamente ricos ou pobres. A República deve ser de todos, e assim a coisa pública respeitada. Mas a mídia ainda manipula muito e muitas vezes está interessada em candidato A ou B. Vivemos muitos anos em ilusões e raramente isso mudará. Temos de criar meios de participação popular inclusive na aprovação de leis. Os meios tecnológicos permitem acompanharmos em tempo real tudo isso. A lógica de ter muitos representantes também é falha. Temos de ter talvez um parlamentarismo, mas de classes realmente populares, e não que favoreçam segmentos de poder, como ocorre. O governo bom tem de ser amplo, e favorecer a diversidade. O Brasil é diversidade. De muitos ou poucos, o governo deve funcionar, senão é inútil. Não existe esquerda e direita. Isso são invenções para dividir o mundo. Existe sim uma Nova Ordem.

 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 18/03/2016
Alterado em 18/03/2016
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