David Hume nasceu na Escócia, em Edimburgo, em 24 de Abril de 1711. O pai dele falece quando este apenas tem três anos de idade. Sua família vivia assim numa pequena propriedade em Ninewells, perto da fronteira. Criado pelo tio, sucessor de seu pai, tio que era também pastor local, em um local de padrão rural, onde havia galinheiro, andar descalço, e uma alimentação composta de repolho, farinha, mingau, sopa. Perto dessa propriedade, ele ia até uma gruta para meditar. Tinha uma tendência claustrofóbica. No princípio sua família queria que ele estudasse direito, bem como lidasse com o comércio, mas pelas suas inclinações literárias, acabaram deixando que estudasse filosofia. Educado no chalé do professor da escola. Mas dos 12 anos aos 15 já frequenta a Universidade de Edimburgo, mostrando ser também superdotado. Forma-se em História e Direito, mas em 1726 abandona estudos de Direito, que para ele eram nauseantes. Começa assim a estudar os romanos e filósofos Bayle e Clarke. Assim, apesar de estudar Direito, acabava por ler mais obras de Filosofia. Por fim o Direito resultou para ele apenas numa estafa. Depois, com 24 anos, recebe uma pensão que lhe ajuda a se dedicar mais aos estudos. Teve assim uma aventura amorosa com Agnes, da qual resultou um filho não reconhecido. Mas ela foi julgada pela Igreja e parecia não ter certeza se Hume era o pai. Depois se associa a um mercador, sendo assim comerciante. Mas não ganhou mais no comércio que a produção de parte de seu Tratado sobre a Natureza Humana, pois nessa viagem acabou ficando em colégio La Flèche a produzindo. Volta para Londres e publica sia grande obra, mas essa não acaba tendo nenhuma fama ou destaque. Volta para casa, e tem contato com um grande amigo, nada menos que Adam Smith. Assim tenta cargo na Universidade, mas acusado de heresia não consegue. Suas ideias céticas e tidas por ateias não eram bem vistas e sequer aceitas numa Universidade. Hoje vemos o contrário, mas cada tempo tem as suas barreiras. Sofria ainda de depressão, o que o médico diagnosticava na época como “doença dos sábios”, mas tinha o seu remédio na filosofia. Sobre a saúde, o médico aconselhou ele a andar a cavalo, mas enquanto o cavalo se fortalecia e emagrecia, Hume engordava. Ficou assim gordo. Em 1746 foi secretário de general Saint-Clair, tendo com este missão e assim conhecendo em viagem outros pensadores. Assim teve amizade com iluministas, até levando consigo Rousseau, mas este teve algumas crises e já estava o acusando de perseguição e prestes a cometer alguma ação extrema. Torna-se subsecretário de Estado e consegue uma pensão que o proporciona se dedicar a atividade literária. Logo, por emprego de agente de navegação em Bristol, ele efetua viagens. Sobre a vida emocional e sexual dele, apenas há o relato daquela moça com o filho, mas disseram que ele possuía vida sexual normal. Assim devia ter casos com criadas e anfitriãs, além de frequentar possivelmente algum cabaré, apesar de ser uma das poucas figuras da época que não contraiu sífilis. Sua obras depois foram colocadas no index da Igreja. Mas de interesse o que ele disse sobre os filósofos: “O filósofo!, é vã tua sabedoria, e inútil tua virtude. Procuras os ignorantes aplausos dos homens, não as sólidas reflexões de tua própria consciência, ou a mais sólida ainda aprovação daquele Ser que, com um só olhar de seu olho que tudo vê, penetra o universo inteiro. Sem dúvida tens consciência do vazio de tua pretensa probidade, pois, ao mesmo tempo que te consideras um cidadão, um filho, um amigo, esqueces teu mais sublime soberano, teu verdadeiro pai, teu maior benfeitor. Onde está a adoração devida à infinita perfeição, donde deriva tudo o que é bom e valioso? Onde a gratidão devida a teu Criador, que te tirou do nada, te colocou no meio de todas estas relações com as outras criaturas e, ao mesmo tempo que te exige o cumprimento do dever de cada relação, te proíbe negligenciar o que deves a ele próprio, o mais perfeito dos seres, ao qual te encontras ligado pelo mais apertado dos laços?”1 . Ainda, Hume se casa aos 58 anos. Do pensamento de Hume fica polêmica a opinião sobre a causalidade, que critica e também seu ceticismo. Sobre a causalidade, fala que temos mais o hábito de acreditar na mesma. Vale lembrar que a causa e efeito é uma lei hermética, e que está presente em obra de Hermes. Mas ele nos seus últimos dias, fica doente e emagrece, tendo tumor no fígado. Viu o fogo do inferno em seu leito de morte, despertando sobre isso um arrependimento. Falece em 25 de Agosto de 1776, admirado pela multidão em seu funeral, como conhecido ateu.