Mariano Soltys
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JOHN PESTALOZZI (1746-1827)

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Johann Henrich Pestalozzi nasceu em 12 de janeiro de 1746, em Zurich, na Suíça. Seu pai faleceu ainda quando ele era criança, e a mãe teve de cuidar sozinha, dele e de três irmãos, passando por dificuldade financeira. Sofre para tanto de diferenças sociais. De começo se dedica a ensino religioso, mas o abandona para se dedicar a agricultura. Pai da moderna psicologia, educador, pensador e homem de ação, foi dentre outros, mestre de Froebel, Herbart e também de Allan Kardec. Sempre vinculado a reforma na educação e inspirado de forma profunda por obra Emílio, de Rousseau. Na Universidade de Zurique se associa ao poeta Lavater, gastando parte de sua juventude com lutas política. Aos vinte e três anos se casa com Ana Schultz e compra terra onde tentou plantar para fazer corantes, mas se êxito. Teve o filho Jacob, mas esse falece ainda jovem, mas lhe deixando um neto, Gottlieb, que foi cuidado pela avó. Mas fato marcante é que de sua casa na fazenda fez uma escola, bem como de modo a acolher crianças pobres e órfãs da vizinhança, que passaram a ser cuidadas e até trabalharam em fiação. Tem esse sonho filantrópico e tenta inclusive na política convencer Napoleão sobre a importância da educação, mas recebeu a resposta no sentido de que não interessavam os analfabetos. Muito religioso, era ainda ligado a anabatistas e pietistas, mas defendendo mais um cristianismo prático. Mas seu trabalho com as crianças não deu certo em Neuhof, uma vez que parecia ser Pestalozzi melhor educador que economista, tendo uma visão muito ingênua da indústria, uma vez esses jovens trabalhando para sustentar próprio estudo. Fato que muitas dessas crianças melhoraram de vida e os pais as buscavam, já vistosas, bem vestidas e de cabelos cortados. Mas nem tudo aceitava de Rousseau. Algumas teorias foram criticadas ou não funcionaram na prática, em especial o fato de se dizer que o trabalho é algo natural ao humano, quando muitos não se dedicavam ao mesmo no campo, no caso as crianças. Seu objetivo era reunir o que Rousseau separou: liberdade e obrigação. Tentava desenvolver a dignidade do homem e uma boa formação para as necessidades essenciais. Desse modo, a cada dia fazer a si mesmo, ser uma obra de si mesmo. Vai ao tema a da autonomia, tão caro aos pensadores alemães daquele tempo. Política e religião superam o seu conflito na educação. Pode-se formar o homem e cidadão, superando o paradoxo de Rousseau. Que os pais se tornassem educadores para uma função civilizacional. Mas o verdadeiro lugar da educação porém é o lar. Disse: “o direito social não me satisfaz, o estado social não me realiza, não posso permanecer tranquilo sobre o fundamento da minha formação civil, como não posso permanecer no mero prazer sensual e animal – sou , em todo o caso, através dessa formação, emudecido; na minha alma entraram desconfiança, sinuosidade e intranquilidade, que nenhum direito social pode desfazer”. Desse modo, falava que isso se diferencia da moral e da relação com o amor ao próximo e a Deus. Diferencia ser a obra da natureza e a de si mesmo. Uma vez obra de si mesmo, se caminha para a perfeição. Mas coloca o papel da mãe e da família fundamental na educação e formação da criança. Mas era prático e levava a prática, como ao fundar o internato, Instituto de Yverdon, cujas atividades principais eram desenho, canto, educação física, modelagem, cartografia, escrita e excursões em ambientes externos. Influenciou também assim o espiritismo. Ficou ademais famoso com livro que escreveu, “Leonargo e Gertrude”, que possuía 4 volumes. Nos seus livros mostra como educar e traça seu pensamento. Outro livro seu é “Os crepúsculos de um eremita”. Pestalozzi assim deu grande importância ao amor, em especial ao amor materno. Antecipa em muito o movimento da Escola Nova. Em muitos fatores, também supera a antiga visão autoritária e elitista reservada a educação, que antes era apenas dos filhos de ricos. Já aos 50 anos cuida novamente dos órfãos, agora aqueles que surgiram do efeito da batalha de Stans. Era um liberal, e tinha influência iluminista, mas não o foi por ser muito religioso. Sua defesa na política era mais por moralização. Colocou o amor acima da razão. A criança então se desenvolve por si. A influência de Pestalozzi foi inegável, e vemos sua marca ainda hoje. Pena os esquerdismos e a Nova Ordem Mundial influenciarem por demais a educação básica e até a superior, forçando certas concepções, mesmo pela UNESCO, que é em muito uma perpetuadora do stablishment, como se vê em países pobres africanos, onde a educação não chega. Vemos hoje mais em nossa sociedade um “Maquiavel Educador”, com manipulações de comportamento nas crianças. Em 17 de fevereiro de 1827, Pestalozzi, acometido de grave doença, veio a falecer, em Brugg, acompanhado de seu neto Gottlieb.


 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 07/05/2016
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