Nicolau Copérnico nasceu em 19 de Fevereiro de 1473, em Torum, as margens de Vístula, numa província da Prússia, que atualmente se encontra na Polônia, filho de próspero comerciante, magistrado e líder municipal, Nicholas Copernigk, e de Bárbara Watzenrode. Filho caçula de quatro, tendo por irmãos: Andrzei, Bárbara, que se tornaria religiosa beneditina no convento de Chelm e Catarina, que se casa e tem 5 filhos, dos quais Copérnico cuida até o fim de sua vida. Fica órfão do pai aos 10 anos de idade. Assim é cuidado pelo tio, Lucas Watzenrode, que foi eleito Bispo. Estuda na Cracóvia aos 18 anos, primeiro medicina e artes, lugar onde apenas se falava em latim, e onde estudantes provinham de diversos países. Depois vai para a Itália, estudando lá Direito Canônico e Teologia, na Universidade de Bolonha. Também estudou a astronomia, que seria a sua marca registrada para a posteridade. Colabora de início com astrônomo Domênico Novara, e em 9 de Março de 1497 faz sua primeira observação astronômica, da ocultação da estrela de Aldebarã. Outrossim, retorna a Polônia para cuidar do tio doente, trabalhando para esse como secretário e médico. Ademais, passa a estudar astronomia na torre do muro da catedral, junto ao alemão George Joachim. Em 1504 é eleito cônego de Frauenburgo. Em 1512 morre seu tio. Sobre a obra polêmica dele, que lançou o modelo heliocêntrico, tirando a Terra do centro do universo, e colocando o Sol, superando o sistema Ptolomaico, o oficial e aprovado pela Igreja até então, primeiro ela foi publicada por Reticus, que era astrólogo, e que colocou certa farsa no sentido de em prefácio falar que a obra não ia contra o sistema Ptolomaico. A obra seria publicada mesmo apenas no dia em que morreria Copérnico. Assim que a terra e planetas se movem. Interessante que Descartes era contrário a essa ideia da Terra se mover. E Rodrigo Horst1, nosso físico conterrâneo, disse que se tomando a concepção de Ptolomeu, não estaria errada, desde que se colocasse a Terra como limite do Universo. E para a teoria da Relatividade de Einstein também se poderia entender a relação planetas e Terra como em repouso. Tudo vai depender do ponto de vista. Tanto a idade do universo como a questão da Terra e Sol são nossos pontos de vista, e talvez não estejam, corretos. Mesmo meu primo, Ederson Witt, também observa que pode ser que a Terra ainda seja o centro do Universo, e que nem seja tanto a questão da doutrina copernicana a absoluta. A física mudou muito e não há mais que se ver um centro nas coisas, talvez estando mais na interação da mente e partículas, sendo tudo um tanto relativo. Mas Copérnico operou em seu tempo uma revolução científica, indo contra o dogma da Igreja, e tendo sua obra posta por 300 anos na Index de obras proibidas. Tinha uma mente aberta, como lembra Ralph M. Lewis, superando certos dogmas, assim como outros gênios da humanidade. Também ele explicou como funcionam as estações. Ademais, interessa-se também por economia, escrevendo um tratado em 1528, sobre reforma monetária. A questão de ser o Sol o centro, ou heliocentrismo, já era bem antes defendida, mesmo que em teoria metafísica, pelo pitagórico Aristarco, e mesmo por filósofa Hypatia. Influencia também pensadores posteriores, e se pode ver Newton com uma marca forte, e mesmo Tycho Brahe, que era astrólogo do rei da Hungria. Ademais, a astrologia e a astronomia naquele tempo não eram tão distintas, e muitos astrônomos chegavam mesmo a escrever sobre astrologia e fazer cartas astrológicas. A obra Almagesto, de Ptolomeu, já continha esse tema esotérico, como escrevi aqui nessa obra. Lembra Max Heindel2: “ A teoria de Copérnico não é de todo exata, assim como há muitos fatos que a elogiada Teoria Nebular por si só não explica. Tycho Brahe, o famoso astrônomo dinamarquês, recusou-se a aceitar a teoria de Copérnico. Tinha muito boas razões para ser fiel à teoria de Ptolomeu, pois, como dizia, através desta os movimentos dos planetas são vistos corretamente, enquanto que pela teoria de Copérnico é necessário empregar-se uma tabela de correções. O sistema de Ptolomeu é correto do ponto de vista do Mundo do Desejo e tem aspectos que são necessários no Mundo Físico”. Fato é que no astral o centro estaria mais na Terra, e no plano físico iria para a estrela ou o Sol. E Copérnico incorporou algo de astrologia em seus tratados, apesar dessa continuar geocêntrica. Faleceu em Frauenberg, com 70 anos, em 24 de Abril de 1543, no mesmo dia da publicação de sua obra Revolução do Orbe Celeste.