Mariano Soltys
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JOSEPH BUTLER (1692-1752)

 
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Joseph Butler foi um filósofo e religioso inglês, sendo o mais jovem de oito filhos do comerciante de linho, Thomas Butler, presbiteriano, e que nasceu em 18 de Maio de 1692, em Wantage. Foi conhecido no século 18 por pensadores da época, e ainda é estudado por contemporâneos, no que se refere a busca por uma oposição a Thomas Hobbes e John Locke. Desde cedo foi educado na igreja, e estudou na Faculdade de Uriel, sendo ainda jovem um pregador em 1719, na Capela de Rolls, Chanery Lane, e de lá que surgem seus famosos Sermões, os quais publicou e que eram comentados e lidos na época, e nos quais se faz crítica a religião natural, a deísmo, a Hobbes e a Locke. Em 1725 se torna reitor da Stanhope. Também torna-se Bispo de Bristol, logo após a obra “Analogia”. Depois há certa ligação com John Wesley. Foi um filósofo pastoral. Dizem que flutuava em uma nuvem metafísica. Mas seu tema central parecer ser a moralidade, a qual não separa da natureza humana ou do mundo, diferente de outros. Também suas críticas vão contra os deístas. Foi lido em Universidades da Escócia, em Cambridge, Oxford e outras. Também não aceitava a distinção entre religião natural e revelada. Ademais, seu trabalho impressionou diversos pensadores, entre eles Hume, Adam Smith, Thomas Reid, Wesley e outros. Em 1736 se torna Capelão-chefe do Rei Jorge II. Também foi secretário da Rainha Carolina de Brandeburgo-Ansbach. Curioso que além de teólogo, ele apreciava as belas artes e a arquitetura. Voltando as suas doutrinas, ele via o mundo com uma aparência de ordem moral. Considerava a consciência como a voz de Deus. Disse que nem o homem mais sábio pode compreender as obras de Deus, a providência e a Criação. Estranho que não se sabe se ele incluiu nesse “sábio” os profetas de Deus, o que seria absurdo. Também o que ele faz é uma espécie de filosofia da ignorância. Uma teologia negativa transposta para a filosofia. Uma teologia que queria se entrometer em temas da ciência. De positivo que via um princípio superior de reflexão ou consciência em cada homem. Nisso que era contra Hobbes, uma vez que há um lado virtuoso que nasce com o homem, e também uma porção altruísta. Somos feitos para a virtude. A benevolência é da natureza humana. Critica o egoismo defendido pelo pensamento hobbesiano. Também de positivo que via na analogia um caminho que pode levar até Deus. Não fez provas da existência de Deus, mas muitas delas acabava por ratificar em seu pensamento. A probabilidade é o nosso guia para a vida. Seu pensamento é semelhante a Pascal no que se refere a pouca esperança em relação a humanidade, que estaria na ignorância, miséria e confusão. Vê na vida moral uma fonte para a salvação. Também que os mandamentos são tanto divino, quanto naturais. Ele é uma divisão de águas com relação ao otimismo anterior, contra Locke, Leibniz e Shaftesbury. Também de bom que via o mundo como algo justo, mesmo não parecendo justo. Seu trabalho era dirigido contra os céticos. E a vida é prelúdio de uma vida futura. Em certos pontos ele acertou, uma vez que em relação ao Cósmico, o mesmo permite que certas coisas ocorram, mesmo com aparência negativa, mas que colaboram com nossa evolução. E para isso há Lei Cósmica, a que todos estão sujeitos, de forma impessoal e justa. Mas, diferente dos teólogos de hoje, ele não foi avarento. Butler faleceu em 16 de Junho de 1752, em Rosewel House.

 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 09/08/2016
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