Mariano Soltys
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ALEXANDER GOTTLIEB BAUNGARTEN (1714-1762)

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Alexander Gottlieb nasceu em 17 de Julho de 1714, em Berlim, sendo um filósofo marcado pelo uso da palavra estética, que passou a ter um significado mais amplo, em semelhança a poética dos gregos, ampliando os sentidos para a visão. Em 1730 ele vai a Halles, onde se dedica ao estudo da filosofia de Wolf, sendo discípulo dele, e aproveitando noções de metafísica e transpondo ao campo da estética, a qual dedica obra extensa de 2 volumes. Em 1739 publica a obra Metaphysica, o qual Kant julgava ser o mais útil dos manuais do gênero. Falando em Kant, que é tão estudado e lembrado em cursos de filosofia, poucos do mesmo modo lembram de Wolff e Baumgarten, que tanto influenciaram o mesmo. Kant chegava a usar livros de Baumgarten em suas palestras. Então, se tratava de um metafísico influenciado por Wolff, e que escreveu resumindo o mestre. Ele coloca a cosmologia e a psicologia como partes da metafísica. Pena a metafísica ser esquecida pelo rancor da filosofia contemporânea. Falou de uma psicologia como ciência dos predicados da alma, o que não se compara, pelo que vemos, a meramente de libido ou relações de grupos, como atualmente alguns veem. O mérito de Baumgarten foi fazer uma ponto entre a metafísica escolástica e o pensamento de Kant, realismo e idealismo. Fez assim um estudo sobre o sentimento, a sensação e esse saber sobre o belo. Uma ciência do conhecimento sensível. Também foi influenciado pelo pensador Leibniz. Fez desse modo um paralelo entre lógica e estética. Em 1740 foi nomeado professor de filosofia na Universidade de Frankfurt del Oder, onde permaneceu por 22 anos. Foi também o primeiro a interpretar ao modo de Descartes o conhecimento sensível. Para ele o belo é de certo modo perfeito. Em sua metafísica ademais defende conceitos de semiótica e semiologia.

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Por outro lado, a verdade é suprassensível, e objeto da inteligência. Distingue artes em geral e artes em específico. Também escreveu obras sobre lógica, ética e teologia. Seu sistema se divide em: propedêutica, com teoria do conhecimento; teórico, com metafísica e física; e prático, com ética, filosofia do direito, teoria da conduta e da expressão. Então, a arte não apenas imita a natureza, mas o artista adiciona algo a mesma natureza. Por sinal, teve um irmão que era teólogo influente, Sigmund Jakob Baumgarten. Fato também que tem de ser acrescentado, é que teve enorme contribuição de um aluno que ficou anônimo, GF Meier, de modo que muitas ideias surgiram desse discípulo. Também uma influência que ficou nele foi a do neoplatonista Plotino, que nas Eneadas distinguia a natureza inteligível e a natureza sensível, marcando também suas ideias. Lembra Panikkar1: “Se atribuye a Alexander Gottlieb Baumgarten el haber introducido con su Aesthetica de 1750/1758 el estudio de tal ciencia. Su defi nición es interesante: «Aesthetica (theoria liberalium artium, gnoseologia inferior, ars pulchre cogitandi, ars analogi rationis) est scientia cognitionis sensitivæ». Se comprende que por aquellos tiempos Baumgarten debía subordinar tanto el arte como la estética a la razón y llamarla «teoría del conocimiento inferior» y «arte análoga a la razón»”. Essa faculdade sensível para ele seria uma faculdade interior, que levaria a algo perfeito. Ele marca a estética moderna até hoje. E falou da metafísica como algo que pode ser conhecido sem a ajuda da fé. Por fim, falecei em Francoforte, em 26 de Maio de 1762.

 


 
1PANIKKAR, Raimon. La religiòn, el mundo y el cuerpo. p. 62.
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 13/08/2016
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