HENRI BERGSON (1859-1941)
Henri Luis Bergson nasceu no dia 18 de outubro de 1859, em Paris, França, de pai polonês de família judia e mãe inglesa, vivendo com pais em Londres até os seus nove anos, quando regressa a Paris. Estuda assim no Liceu Fontanes, onde ganha um prêmio de matemática relacionado a problema de Pascal. Licencia-se em Letras e é professor em vários locais franceses. Professor brilhante que ainda teve tempo para produzir belas obras. Em 1883 leciona Filosofia no Liceu de Clermond-Ferrand, onde fica por 5 anos. Obtém doutorado pela Universidade de Paris em 1889, com tese sua “Ensaio sobre os dados imediatos da consciência”, e tese secundária sobre Aristóteles. Casa-se com prima de escritor Proust, Louise Nouberger em 1892. Teve uma filha chamada Jeanne. Após publica seu segundo livro, “Matéria e Memória”. Leciona na Escola Normal Superior de Paris, e após, aos 40 anos, inicia curso a frente da cadeira de Filosofia da História Antiga, no Colégio de France. Em 1907 publica então sua principal obra, “A Evolução Criadora”, que foi em parte inspirada em Herbert Spencer. No início do século XX conhece outro filósofo, William James, com quem tem profunda amizade, apesar das diferenças conceituais de escolas francesa e americana. Sendo ainda diplomata, participou de discussões sobre a Primeira Guerra Mundial, influenciando os EUA sobre a mesma, bem como tendo missões na Espanha. Em 1912 viaja para os Estados Unidos para proferir um curso sobre “Espiritualidade e Liberdade”, na Universidade de Columbia. Em 1918 entra na Academia Francesa e publica obra sobre a teoria da relatividade de Einstein, “Duração e Simultaneidade”. Em 1919 publica um obra “A Energia Espiritual”, na qual trata de temas como a vida e os sonhos. Sua filosofia critica o determinismo e a redução da espiritualidade humana a meras leis, como via o positivismo de Comte, defendendo por outro lado, a liberdade e a intuição. Seu evolucionismo espiritualista tem reflexos ainda mais atuais, como na Carta da Terra. Seu pensamento se distancia de racionalismo, ademais, e até de Hegel. São quatro ideias fundamentais: a intuição, a “durée”(duração), a memória e o élan vital (impulso). Matéria e espírito estariam na mesma durée, e não num sentido dualista. Mas ainda se pode classificar como positivista, apesar que espiritualista. Fala da moral fechada, das pessoas em sociedade, e da moral aberta, que se referia aos místicos. Fez um estudo da consciência. Escreveu até uma obra “Os Risos”, onde fala da importância do sorriso e comédia. Também se interessou por fenômenos parapsicológicos, sendo membro de institutos de psicologia. No campo do ocultismo, teve a irmã Mina Bergson (Moina) ligada a Aurora Dourada e a mago MacGregor Mathers. Mas Henri Bergson nos seus últimos anos sofre de reumatismo e de certa paralisia, o que inclusive o impede de receber o Prêmio Nobel de Literatura. Publica último livro, “As duas fontes sobre a moral e a religião”, e se aproxima do cristianismo (se converte ao Catolicismo), apenas ainda apoiando seus irmãos judeus perseguidos pelo nazismo. Falecei em 4 de janeiro de 1941, com 81 anos.