WILHELM DILTHEY (1833-1911)
Wilhelm Dilthey nasceu em 19 de novembro de 1833, em Biebrich, Renania, atual Alemanha, filho de pastor protestante e foi um filósofo, sociólogo, historiador, psicólogo e estudioso de hermenêutica. Aos 16 anos chega a lógica de Kant e parece ser profundamente marcado por pensamento kantiano, o transpondo para a dimensão histórica, numa Crítica da Razão Histórica. Estudou teologia em Heidelberg, onde tem contatos com neokantismo através das lições de Kuno Fischer, e estudou Filosofia em Berlim, onde tem grande contato com figuras da ciência, como Ranke, Ritter, Mommensen, Grimm e Boeckh. Foi professor nas Universidades de Baliléia com 24 anos, Kiel, Braslau (Polônia) e Berlim e combateu o domínio das ciências naturais ou biológicas, as diferenciando das ciências do espírito. Esses estudos humanos deveriam estar restritos a realidade histórica e social humana. Dá grande importância a experiência humana ou a vivência. Em 1864 inicia seu doutorado em Berlim. Em 1868 conquista a Cátedra de Filosofia em Berlim, que era antes de Hegel. Em 1873 se casa com Katherine Puttmann, com quem teve um filho e duas filhas. Ademais, ele estudou a história da Igreja e de grande importância foi estudo de filósofo Schleiermacher, publicando assim uma biografia desse pensador. Da sua passagem catedrática, foi em Berlim que começa as publicações, surgundo assim a “Introdução as ciências do espírito”, cuja segunda parte apesar de anunciada, não sairia. Depois “Ideias acerca de uma psicologia descritiva e analítica”, obra que recebeu dura crítica da psicologia experimental. Passa um tempo sem publicar, e depois surge “A história do jovem Hegel”. Também se dedica a edição de obras completas de Leibniz. Mas a obra que lhe dá fama é “A vivência e a poesia”, onde possui estudos de Lessing, Goethe e outros. Depois publica as obras “A essência da filosofia”, “Estruturação do mundo histórico” e “Os tipos de concepção do mundo metafísico”. Estudou também evolucionismo social, como Spencer e Comte, e não compatilhava a ideia de uma evolução inevitável da sociedade. Também é alguém que além da influência kantiana, e teve de Hegel, apesar de não compartilhar algumas ideias do idealista, como algo da Razão Absoluta. Para ele o homem é um ser histórico. Também a filosofia é histórica. Classifica a filosofia em três fases: a naturalista materialista, o idealismo objetivo e o idealismo da liberdade. Vai contra também a ideia de uma metafísica eterna, bem como de apresentar explicações absolutas para a realidade. Há um aspecto de finitude em Dilthey. Defendia uma filosofia da filosofia, de modo que nunca seria algo acabado e absoluto. Estaria assim inserida à luz da história. Também falava em uma transferência interior, e uma penetração simpatética. Trata de questões como entender, reviver e reproduzir. Para ele a cultura é a fonte das reais condições psicológicas. Usava em escritos o psudônimo de Hoffner. Ele influenciado também por existencialismo e fenomenologia. Faleceu em Schleim, na Itália, em 1° de Outubro de 1911.