Mariano Soltys
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NICOLAI HARTMANN (1882-1950)

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Nicolai Hartmann nasceu em 20 de Fevereiro de 1882, na Lituania, em Riga, estudando quando jovem no Institudo de Humanidades em Leningrado, em São Petersburgo, em Dorpat, Estônia e em Marburgo. Estudou assim filologia clássica, Medicina e Astronomia em Tartue e São Petersburgo. Depois se torna professor em Marburgo, bem como em Berlim, Colônia e Göttingen. Filósofo, catedrático e escritor. Membro da “Academia prussiana de ciências”. Em 1905 chega a Marburgo e tem contato com Paul Natcorp. Dessa fase surgem obras como da matemática de Proclo, sobre a metafísica de Platão e fundamentos filosóficos da biologia. Foi soldado alemão na frente russa na Primeira Guerra Mundial, mas lá foi ferido gravemente. Era influenciado pelo neokantismo. Porém, rompe com o neokantismo ao escrever “Linhas fundamentais para uma metafísica do conhecimento”. Daí parte para a fenomenologia de Husserl, Scheller e outros, mas também a critica. Fala em aporias entre a imanência e a transcendência. Foi professor em Marburgo, onde lhe sucederá Heidegger. Em 1926 edita Ética, onde critica Max Scheller. Critica tema como o de valor superior e altura, a estrutura antinômica. Também critica os valores religiosos tratados por Scheller. Sua obra tenta resolver o conflito platônico-kantiano e nietzscheniano. Já em 1926 publica “Leis categoriais de como é possível uma ontologia”. Ademais, escreve a “Estrutura do mundo real”. Em 1931 vai para a Universidade de Berlim e lá fica como professor até 1945. Em 1933 surgiu a obra “O espírito do ser espiritual”, onde critica o espírito de Hegel e a teoria do Uno de Heidegger. Em 1935 surge “Para a fundamentação da ontologia”, tratado sobre ser e ente. Em 1938 surge “Possibilidade e realidade”, onde traça uma crítica a noção aristotélica de possibilidade. Também em Possibilidade e realidade reflete sobre diversos filósofos e suas ontologias, como Parmênides, Heráclito, Platão, Aristóteles, Plotino, Scoto, Spinoza, Leibniz e Hegel. Em 1940 edita “Novos caminhos da ontologia”, baseado na astrofísica. Em 1942 lança “A estrutura do mundo real”, onde traça 42 pares de opostos ou categorias. Foge para Berlim durante a invazão russa, e por lá perde sua obra Lógica, nunca mais a podendo produzir. Em 1950 edita a “Filosofia da Natureza”, sua última grande obra, onde trata de biologia, microfísica e astrofísica, de modo que critica as aporias de Zenão. Depois, postumamente se publicam o “Pensar teleológico” e “Estética”. Sustentava que a realidade é anterior ao processo de reflexão. Via a história da filosofia como alternância de ideias que mudavam. Nem o sujeito determina o objeto e nem o objeto se impoe ao sujeito. O momento fenomenológico deve estar determinado pelo aporético e pelo teorético. Fala em diversas esferas e estruturas do ser. Falou em atos emocionais transcendentais: receptivos, prospectivos e espontâneos. Foi testemunha da destruição de Berlim em 1945. Pessoa de hábito simples, dormia em sofá, não tinha adornos no quarto, a não ser um quadro de sua cidade natal, e escrevia suas obras à mão. Ia contra a tecnologia moderna, automóvel, máquina de escrever e telefone. Também contra a religiosidade de alguns existencialistas. Faleceu em 9 de outubro de 1950, em Göttingen.

 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 15/10/2016
Alterado em 15/10/2016
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