Jacques Marie Emile Lacan nasceu em Paris, em 13 de abril de 1901, filho de Alfred e de Émile, de família de fabricantes de vinagre, ela assim filha de rico comerciante. Filho mais velho, tendo três irmãos: Madeleine, Raymond e Marc-François. Sua mãe era muito religiosa, vestia-se de preto e tinha um ar melancólico. Família Católica. De avós muito exigentes, e sendo ainda cuidado por uma governanta, o que desperta ciúmes de irmão. Estudou em colégio privado Católico, Stanislas, e era um aluno aplicado, primeiro em muitas coisas, chegando a estudar Descartes, e lê a Ética de Espinoza aos 14 anos. Também leu Nietzsche e James Joice. Na adolescência ele rompe com o catolicismo e o fez em uma crise de melancolia. Também aos dezessete anos tem sua primeira experiência sexual, essa com uma cliente de seu pai. Ele também foi incluenciado pelo surrealismo e em especial por Salvador Dali. Também se interesse por São Paulo, Angelus Silesius e é amigo de um filósofo que fez tese sobre o místico São João da Cruz. Frequentou ainda grupos literários e inclusive uma escola filosófica hegeliana. Antes da psicanálise, teve de estudar a neurologia e a psiquiatria. Sem carteira de motorista, andava assim de táxi e depois andaria de limusine. Em 1934 se casa com Marie-Louse Blondin, com quem teve três filhos. Foi influenciado por Sigmund Freud e depois o retoma de forma mais original, de acordo com o pensamento alemão. Porém, em 1937 teve um romance com Sylvia Bataille, apesar de ambos serem casados. Em 1940 ambas estavam grávidas, tanto esposa, quanto amante. Passa a oficialmente ficar com Sylvia em 1953, apesar de ela estar em um apartamento, e ele no trabalho em outro. Lacan recebeu amantes em seu apartamento. Sua irmã, Madeleine, casa com um primo e vai para a Indochina. Aos 63 anos ele funda a própria escola de psicanálise. Já em 1964 sua filha consegue mudar o nome para Judite Lacan. Assim tem a teoria da foraclusão do Nome-do-Pai, inspirado pela teoria de Freud: “o que é foracluido do simbólico renorna no real”. Comparou o Banquete de Platão a uma assembleia de tias loucas, e viu o amor grego como perversão, quando tratou de homossexualidade. Lacan era um sedutor, e alguém chegou a acusar ele de plágio. Mas cada vez suas sessões ficaram mais curtas e mais caras. “Se sabe que Lacan, a medida que su reputación crecía, hizo sesiones cada vez más cortas”1. Lembra ainda O Livro Negro da Psicanálise: “Freud era menos cínico que Lacan, pero el también ya, no reconocía como psicoanalista más que a los que se conformaban estrictamente a su sistema”2. “En cambio, Lacan califica la creencia en el alma de delirio. Atribuye en parte a Sócrates el hecho de que estemos aun sobrecargados con esta noción filosófico-religiosa: 'El alma, aunque la manipulemos aunque sigamos sobrecargados con ella, [...] el alma con la que tenemos que ver en la tradición cristiana, esta alma como aparato, como armadura, como tela metálica en nuestro interior, el sub-producto de ese delirio de inmortalidad de Sócrates'”3. Mas ele não publicou seu primeiro livro até os 65 anos. Lia Saussure e Frege. Mas seus escritos são hieroglifos e obscuros. Disse que o psicanalista é um retórico. Disse que o amor é dar o que não se tem. Lembra Zizec: “Jacques Lacan sustentava que, ainda que a mulher de um paciente fosse de fato para a cama com outros homens, os ciúmes daquele deveriam continuar a ser tratados como uma condição patológica”4. Por fim faleceu em 9 de setembro de 1981, às 11:45 da noite, dizendo que foi um obstinado.
1MEYER, Catherine, et al. El libro negro del psicoanálisis. p. 145