Mariano Soltys
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MARTIN HEIDEGGER (1889-1976)

 
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Martin Heidegger nasceu em 26 de setembro de 1889, em uma pequena cidade católica, Meßkirch, distrito de Kaden, no interior da Alemanha, de sacristão e mestre tanoeiro, Friedrich Heidegger, e de Johanna Kempf, que era amiga da mãe de Conrad Grober, que seria arcebispo de Friburgo. Tinha dois irmãos, Marie e Fritz, e com eles convivia entre uma praça e o castelo de Fürstenberg. Recebeu formação inicial na escola municipal local, Realschule, e depois pelo liceu da Casa Konradi, estudando aos 14 anos com Conrad Grober. Essa foi forte influência, pois com esse que estuda Brentano e Aristóteles, desse último a noção de ente, que lhe marca tanto. Quis ser padre e chega a estudar na Universidade de Freiburg, Teologia. Em 1913 doutourou-se em Filosofia. Por lá que estuda com Husserl, o fundador da fenomenologia. Essa foi outra grande influência, apesar de algumas diferenças de pensamento para com o fenomenólogo. Assim Heidegger se torna um dos pensadores fundamentais do século XX, e influenciou o pensador Sartre. Publicou algo sobre Duns Scoto, ademais. Também se interessou por filosofia de Maurice Blondel e Kierkegaard. Depois estudou muitos outros, como Kant, Nietzsche, Hegel, Dilthey, que também aparentam influência em seu pensamento. Ademais, Husserl foi seu assistente, em 1915. O tema do Ser foi o relevante entre ambos. Heidegger casou com sua aluna, Elfriede Petri, luterana filha de militar, e com esta teve dois filhos. Ele a dedicou muitas obras. Outra aluna, conhecida pensadora posterior, Hannah Arendt, judia, também foi envolvimento dele, com a qual mantém longa correspondência. Foi ainda professor na Universidade de Friburgo e Marburgo, e publica a obra “Ser e tempo”, sendo considerado o maior nome de filosofia metafísica. Ali em Marburgo teve amizade com Rudolf Bultmann, que o leva a conhecer a teologia protestante. Também teve amizade com Scheler e Jaspers, e quase uma inimizade de Husserl, pois esse era judeu. Pois Heidegger apoiou o nazismo, inscito no partido NSDAP em 1 de maio de 1933, e assume a cadeira de Husserl na Universidade de Friburgo, e ainda é nomeado reitor da mesma. Mas depois pede exoneração. Mas na mística e religião, escreveu “Estudos sobre a mística medieval”, onde traça uma relação entre a priori religioso/místico e iluminação fenomenológica, e disse: “Toda existencia es pues, una claridad, crece y toma cuerpo mediante iluminaciones clarificadoras determinadas, primacía en el senido de un orden de valores”1. O termo iluminação dá uma outra visão da fenomenologia, menos racionalista e mais mística. Interessante também é o vídeo e Mário Sales2 a respeito do pensador, o que vale conferir. Ele fala do pensamento de Heidegger ser no sentido de esquecimento do ser, de um ser para fora, e que o viver não é pré-determinado. O ser solicitando um ente que o represente. Em Heidegger ligado a existência, já em Russerl era no irrefletido. Heidegger faleceu em Friburgo, Alemanha, no dia 26 de maio de 1976.

 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 08/01/2017
Alterado em 08/01/2017
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