Mariano Soltys
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TROTSKI (LEV DAVIDAVICH BRONSTEIN) (1879-1940)

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Lev Davidovich Bronstein nasceu em Ianovka, numa pequena localidade do óblast de Kherson, na Ucrânia, em 7 de novembro de 1879, filho de rico lavrador judeu, David Leontyevish Bronstein e de Anna. Seu pai havia aproveitado as colonizações tsaristas para abandonar o pálio de judeus e se tornar rico, mesmo que iletrado, fazendeiro. Embora a família fosse judaica, não falava o ídiche e nem fazia as práticas religiosas. Aos 9 anos estudou em escola tradicional alemã, que passou por russificação. Bom aluno, já demonstrava liderança, ao organizar em 2° ano protesto contra professor. Estudou Matemática por breve período, na Universidade de Odessa. Estudou também Direito, na Universidade de Odessa, mas logo se envolve em atividades políticas clandestinas, sendo um intelectual marxista, bolchevique, organizador de exército vermelho e opositor de Stalin no partido, após morte de Lenin. Sua irmã Olga casou com Lev Kamenev, um dos principais líderes bolcheviques. Preso em 1898, quando tinha 18 anos, enviado a Sibéria, se junta a Partido social democrata russo. Fugiu dessa prisão, e passa quinze anos no estrangeiro, em Londres e em Viena. Em 1900 se casa com Alexandra Lvovna Sokolovska. Torna depois membro de menchevique, com a teoria de revolução permanente, que tinha objetivo internacional, enquanto Stalin se contentava com o nacional. Em 1905 vai para São Petersburgo e no tempo da Revolução, torna-se presidente do Conselho Societe e é novamente preso. Vai a Sibéria e novamente “foge” da prisão. Dessas “fugas” o exemplo de Stalin pode ser uma equivalência. Foi o principal responsável da tomada do Palácio de Inverno pelos bolcheviques, em 1917. Passou por diversos países, chegando até aos EUA, e também detido no Canadá, e depois mostramos onde ficou. Após deportação ele passou pela Turquia, França e Noruega (1933-1936), indo depois para o México, a convite de pintor Diego Rivera, esposo de Frida Kahlo. Perde muitos familiares pela repressão statlinista, com morte de 4 filhos, netos, noras, genros e outros parentes. É nesse isolamento que ele escreve mais, escrevendo autobiografia, bem como “A História da Revolução Russa”, “A Revolução Traída”, que foi uma crítica ao estalinismo. Dizem que de início se opôs a Segunda Guerra Mundial. Stalin não gostava de seus planos, e assim infiltrou agente na casa mexicana em que estava Trotsky, Ramón Mercader, que assim matou Trotsky com golpes de picareta, mas chegando esse a reagir, após o ferimento. Os guarda-costas encontraram Trotsky com rosto banhado de sangue. Quase matam o assassino, que não assume ser mandado por Stalin. Ainda viveu Trotsky 24 horas, mas não suportou após ferimento na cabeça. Mas nem tudo era o que parecia. A briga não era apenas de poderes aparentes, mas também ocultos. Desde cedo, aos 19 anos, Trotsky estava ligado a grupos de elite e a conspiradores. E sua morte foi também parte do plano secreto, que na verdade era para Lenin cumprir, mas por ter morrido, acabou a serviço de Stalin. Também nos EUA ele esteve em local característico, e sempre auxiliado com boas somas de dinheiro. Conforme Haegger1: “Em 1898, aos 19 anos, ele já era membro do Grande Oriente (conhecendo assim as ideias de Weishaupt) e usou suas lojas para organizar uma sociedade revolucionária, a União dos Trabalhadores do Sul da Rússia, em Nikolayev, um porto no Mar Negro perto de sua casa. Em 1899, foi preso pela polícia do czar e exilado para a Sibéria, junto com alguns amigos maçons”. Financiado segundo o autor, pelos Rockefeller. Eles com a Maçonaria inglesa tinham planejado a Revolução de 1917, segundo Haegger. Lembra “Parte do tempo que passou na América, Trotsky morou numa propriedade da Rockefeller Standard Oil, no local de uma refinaria em Constable Hook, Bayonne, New Jersey. Trotsky era, portanto, agente dos Rockefellers”2. Mais uma vez, nada popular o início dessas coisas. Envolvia grupos de iluminados intelectuais. Muita grana. Havia até um fundo de 20 milhões de dólares no nome de Trotsky num banco dos Warburg, na Suécia, Nya Bank de Estocolmo. E o povo ainda acha confusamente que esse movimento ou ideologia é para pobres. Faleceu Trotsky às 7h25 da noite de 21 de agosto, no México, assassinado.

1HAEGGER, Nicholas. A História Secreta do Ocidente. p. 320.
2Idem, p. 325.
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 14/01/2017
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