Mariano Soltys
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ALFRED ADLER (1870-1937)
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Alfred Adler nasceu em 7 de fevereiro de 1870, em Viena, o segundo filho de 6 filhos, de origem judaica, e seu pai era comerciante. Passou sua infância nos subúrbios da capital austríaca. Foi atropelado em algum momento. Perdeu um irmão com 4 anos, de difteria e aos 5 sofreu uma pneumonia. Estudou no Ginásio em Leopoldstädter Realgymnasium y Sperl e em Schüler am Hernalser Humanistischen. Estudou depois Medicina na Universidade de Viena, Medizinischen Fakultät der Universität Wien, que era um dos principais centros de doentes do mundo. Sentiu-se interessado por psicologia e também por filosofia. Graduou-se em 1895. Começa então a trabalhar como oftamologista. Em 1897 casou-se com Raissa Epstein, intelectual e ativista russa, comunista e feminista, com a qual teve quatro filhos. Teve primeiro encontro com Freud em 1899, defendendo as ideias dele nas escolas de Medicina, em círculos médicos locais, e na imprensa. Participou de reuniões na casa de Freud. Também trabalhou como colaborador com este. Escreveu “O doutor como educador”, em 1904. Fez conferência sobre o instinto de agressão, em 1908. Edita revista junto com Freud chamada Revista de psicanálise. Já em 1911 fez conferência criticando a teoria sexual de Freud. Mais tarde se desliga, funda sua própria escola, justamente por considerar o fator sexual apenas mais um entre outros. Disse que aprendeu mais com os erros de Freud que com seus ensinamentos. Junto a Jung e Freud, é denominado entre os três grandes. Sua teoria mais difundida é a do complexo de inferioridade. Disse que ser humano é sentir-se inferior. Isso porque as crianças sentem-se naturalmente inferiores, pois envolvidas de pessoas mais fortes, poderosas, habilidosas, maiores etc. Interessante que também falou de complexo de superioridade, e vemos em muitas pessoas essa busca e necessidade constante de batalhar por objetivos. O reconhecimento externo. Em muito outra ideia é o complexo de compensação, que mostra por exemplo o histórico de pessoas tidas como que superaram dificuldades. Um atleta paraolímpico pode ser exemplo da compensação. Maslow e Argyle ampliariam a ideia. Seu primeiro livro teria sido influenciado pelo marxismo e socialismo, criticando as condições de trabalho, numa ideia de ver ser humano por inteiro e holística. Mas em 1927 foi aos EUA, e por lá fez umas série de conferências. Já em 1932 muda para os EUA. A psicopatia se liga então ao egocentrismo. Desde modo, se tem de desenvolver a cooperação humana, superando os obstáculos da vida por compensações da inferioridade. Meta e modo de alcançar objetivo formam a personalidade. O humano assim buscaria a perfeição. Foi ainda professor na Universidade de Long Island, em Nova York, e suas clínicas em Viena foram fechadas pelos nazistas. Mas mais uma vez vemos que apenas se trata de um ponto de vista, que se soma a outras teorias psicanalíticas. No Livro negro da psicanálise1: “Cuando se leen sucesivamente los casos presentados por Freud, Adler, Jung, Stekel, Melanie Klein, Reich o Rank, se constata que las historias de pacientes dicen mucho más sobre la teoría del psicoanalista que sobre el paciente”. E “Freud, Adler, Stekel, Jung, Rank, Reich, Ferenczi y otros eran ante todo clínicos. Todos construyeron teorías que se contradicen mutuamente. Sólo la investigación científica permite retener, entre las hipótesis, aquellas que encajan mejor con la realidad”2. Adler faleceu em 1937, quando estava em Aberdeen, Escócia, ministrando um curso de Psicologia.
 
1p. 266.
2p. 285.
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 15/01/2017
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