Mariano Soltys
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Os medievais, árabes e judeus e reflexos em nosso pensamento



Filosofia medieval
 
Diferente da filosofia atual mais comentada, a filosofia medieval tinha o tema de Deus como de suma relevância. Provas da existência de Deus. Muitas vezes somado a teologia, esse pensamento foi fundamental a diversos campos de nosso pensamento e cultura. A Idade Média foi importante em criação de universidades, hospitais e muitas outras coisas que nos beneficiamos até hoje. Há historiador que disse que a Idade Média se estendeu até século 19, como Jacques Le Goff. O tema da filosofia medieval bem marcante foi a questão da fé unida a razão. Também o pensamento da época deu grande valor a Aristóteles, através de São Tomás de Aquino, bem como de Platão, através, dentre outros, de Santo Agostinho de Hipona. Diferente do que se semeou muito com renascentistas e iluministas, o pensamento medieval era importante de diversas formas, e possuía um patrimônio muito rico. De forma alguma era apenas superstição ou crendice, e muito de lá foi apenas aproveitado e ampliado com pensadores de tempos posteriores, não dando o devido crédito ao pensamento medievo. Filósofos medievais foram Anselmo de Cantuária, Guilherme de Ockham, Alberto Magno, São João da Cruz, Duns Scotus e outros.


Filosofia árabe
 
Também a cultura árabe produziu uma profunda e importante filosofia. Diferente do que se divulga sobre a mesma, com relação a terrorismo, os árabes têm um modelo rico de pensamento filosófico, e foram muito aproveitados em nosso pensamento filosófico. Os comentadores de Aristóteles, como muito os chamam, como de Averróis, Avicena, bem como Al Kindi, Al Ghazali, dentre outros, devem sempre ser lembrados com profunda admiração. Muitos desses filósofos árabes foram médicos e juízes, mostrando a complexidade de atividades que misturavam poder e reflexão. Mas também havia um choque com religiosos, e ciências proibidas como a matemática eram estudadas por esses pensadores. Por lá há a figura religiosa do ulemá (sábio, erudito), que se trata de espécie de conselheiro espiritual, especialista em direito e teólogo, que também entrou em choque com certos filósofos. Um documentário da TV Escola abordou bem esse aspecto valioso da filosofia árabe, e reflexos até em Descartes e outros. Havia um tempo em que cristãos, judeus e muçulmanos trocavam sabedoria e se admiravam mutuamente. Muita coisa dos gregos só chegou antes a nós por causa dos escritos de árabes.


Filosofia judaica

 
Igualmente se pode pensar na filosofia judaica, com relação a importância e amplitude. Grande parte dos pensadores foi de ascendência judaica. A própria religião judaica, se lembrar do Talmude, leva a reflexão e a comparação de argumentos, num tom reflexivo e crítico. Mas de pensadores judeus é marcante a figura de Maimônides (também chamado de Maimon e Rambam), que escreveu a obra “Guia dos Perplexos”. Maimônides também tem vários comentários teológicos sobre a Bíblia Hebraica e sobre leis judaicas. Outro que marcou foi Baruch de Spinoza, com seu tom cartesiano e iluminista. Apesar do fato de Spinoza ter sido excomungado, resulta mesmo assim que seu pensamento parece mostrar uma cabala judaica, ou certo misticismo. Há também Moisés Mendelssohn, que também segue uma linha reformista e iluminista, e Martin Buber, dentre tantos outros. A maior parte dos pensadores tem origem judaica, como Marx, Freud, Einstein e muitos outros. Não se pode assim, de maneira alguma, esquecer da influência e importância dessa cultura em nosso pensamento.
 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 11/04/2017
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