Mariano Soltys
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FRANZ BOAS (1858-1942)
 
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Franz Boas nasceu em Minden, Westffalia, Alemanha, em 9 de julho de 1858, de origem judaica liberal, seu pai era Meier Boas, um comerciante de sucesso e sua mãe professora de jardim de infância. Os pais eram alinhados com a revolução de 1848, o que influenciou em sua educação. É considerado o pai da antropologia norteamericana, e o associa com o historicismo antropológico. Foi um dos maiores opositores ao racismo científico, popular naquele momento, que defendiam a raça com conceito biológico e determinado tipo de biologia. Em 1887 emigrou para os EUA. Estudou nas universidades de Heidelberg e Bonn, em 1888, e se doutorou em Kiel em física e geografia. Rechaçou o evolucionismo e difusionismo. Foi representante da escola relativista. Em 1883 participou de expedição a ilha de Baffin, onde estudou esquimós, e em 1886 participou de uma expedição científica pela região canadense da Columbia Britânica e pelos EUA para estudar os distintos mananciais de água, se perdendo e sendo resgatado. Dirigiu o departamento de antropologia. Mas foi professor em diversas universidades americanas, entre elas Clark e Massachusetts. Em 1911 escreveu a “Mente do homem primitivo”, considerada um das obras fundamentais da antropologia. Em 1917 fundou o International Journal of American Linguistics Em 1921 fez trabalhos sobre a consequências das migrações, comparando a primeira com a segunda geração de emigrantes. Também desenvolveu pesquisas na linguística teórica e descritiva. Especialista em línguas e culturas da sociedade indígena americana. Para ela cada cultura representa um desenvolvimento original condicionado tanto pelo ambiente social como pelo geográfico, se enriquecendo de materiais culturais tanto exteriores quando de sua criatividade, de modo que é errôneo falar de culturas inferiores e superiores. Não se deve usar de etnocentrismo de um observador de uma cultura alheia e “superior”. Foi fundador da American Anthropological Association e em 1931 foi presidente da Associação Angloamericana de Desenvolvimento da Ciência. Quando o partido trabalhista alemão, NSDAP denunciou a ciência judia, Boaz e mais de 800 intelectuais escreveram em resposta que o que importava era a ciência e e caracteres étnicos e religiosos eram irrelevantes. Entre outras obras suas se destacam “Arte primitiva”, “Antropologia e vida moderna”, e “Raça, linguagem e cultura”. Apesar de certo progresso, os seus escritos ainda mantinham certo aspecto de se pensar racialmente. Foi orientador de brasileiro Gilberto Freyre, dentre outros. Cada cultura é uma unidade integrada. Mostrava a independência dos fenômenos culturais. Vemos que hoje tivemos progresso quanto a questão cultural, centrando em especial na diversidade, que é um grande valor, senão o maior. A preservação de patrimônio cultural e a identidade cultural têm de ser respeitadas. Boas de algum modo colaborou com tudo isso. Faleceu em Nova York, 21 de dezembro de 1942.

 
Mariano Soltys
Enviado por Mariano Soltys em 16/06/2017
Alterado em 16/06/2017
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