LEONEL FRANCA
Leonel Edgard da Silveira Franca nasceu no dia 6 de Janeiro de 1893, em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, filho de engenheiro ferroviário, e de família baiana, e foi um sacerdote Católico, teólogo, filósofo e professor brasileiro. Leonel tinha oito irmãos e nasceu no mesmo ano que Alceu Amoroso Lima. Dos oito aos dez anos estudou no Colégio Alemão e no Colégio Vieira, em Salvador, onde aprendeu as línguas alemã, francesa e inglesa, e aos treze foi transferido ao Colégio Anchieta, e aos aos 14 teve sua primeira crise cardíaca que o acompanhou até final de sua vida. Teve aulas particulares ainda com professora Adelaide Ribeiro, e em 1905 cursou o segundo ano ginasial no Ginásio da Bahia, ainda voltado aos esportes, jogava futebol, mas com dificuldade física. Internou-se no Colégio Anchieta de Nova Friburgo, no Rio. Também foi recebido em congregação Mariana de Mater Pietatis. Também colaborou em pequeno jornal de escola, chamado Aurora Colegial, escrevendo desde a época sobre o santo sepulcro, o Papa Pio X e o bom samaritano. Com quinze anos ingressou na Companhia de Jesus, e de 1912 a 1915 estudou Filosofia na Universidade Federal de Mato Grosso, e depois na Universidade Gregoriana de Roma, doutorando-se em Teologia e Filosofia. Mesmo assim se manteve humilde. Retornando ao Brasil, lecionou Filosofia, Religião, Psicologia Experimental, Química, História Natural e Matemática no Colégio Santo Inácio e no Colégio Anchieta, de Nova Friburgo. Em 1927 foi Assistente Eclesiástico no Centro Dom Vital, e assim estimulou a juventude Católica e semeou a Associação dos Professores Católicos. Em 1931 foi vice-reitor do Colégio Santo Inácio, e teve papel na fundação da PUC do Rio de Janeiro. Era também muito próximo do Arcebispo Cardeal Dom Sebastião Leme, e assim milita na defesa de idéias da Igreja na área pedagógica, atuando no Conselho de Educação. Junto a Alceu Amoroso Lima redigiu documento sobre posição católica frente à Assembleia Constituinte, que elaborava nova Constituição. Em 1937 era representante no Conselho Nacional de Estatística, no campo religião. Buscou doação de terrenos junto ao governo para a construção de universidades. Publicou diversos livros sobre religião e educação. Uma obra que nos interessa aqui é “Noções de história da filosofia”, que se referia ao material de suas aulas, sendo um best seller que é usado em cursos até dias atuais. Também foi conferencista de vasta cultura, levando consigo figuras ilustres aos auditórios, como Epitácio Pessoa, Alceu Amoroso Lima, Murilo Mendes, Jackson de Figueiredo e outros. Em 1947 recebeu o prêmio machado de Assis. Sua saúde era frágil, e em 1947 tem um declínio, manifestando insuficiência cardíaca, e mesmo depois de crises em 1936 e 37, às quais sobrevive por milagre, e sempre trabalhou muito, falecendo apenas em 3 de Setembro de 1948, no Rio de Janeiro.