Mário Ferreira dos Santos

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Mário Ferreira dos Santos

Mário Ferreira dos Santos nasceu em 3 de Janeiro de 1907, na cidade de Tietê, em São Paulo, filho de português Francisco Dias Ferreira dos Santos, e de Maria do Carmo dos Santos, e mantinham um teatro itinerante, e que estavam ainda em Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde Mário Ferreira passa a infância e adolescência. Estudou no colégio Jesuíta e ainda cursou a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no curso de Direito. Escrevia colunas em jornais, como no Correio do Povo, em Porto Alegre, além de outros. Acompanhou a Revolução de 30 e acabou preso por sua opinião. Casou-se com Yolanda Duro Lhullier, com a qual teve duas filhas. No cinema, participou do curta Os óculos da Vovó, um dos filmes mais antigos do Brasil. Mário é um dos maiores filósofos do Brasil, senão do mundo, e escreveu uma enciclopédia filosófica, com impressionantes 45 volumes, fora obra volumosa que sempre trabalhou. Funda duas editoras para a divulgação de suas obras, a Logos e Matese. Também escreveu sobre economia e sociedade. De obra fecunda, renderia inúmeras páginas falar sobre seu pensamento. Para ele, a filosofia possui o valor da ciência. Na primeira busca sobre o autor, apareceram as obras sobre números e a da Filosofia Concreta. Disso se percebe de primeira vista que Mário era um pitagórica. Também Mário ficou com destaque após ser muito citado pelo Olavo de Carvalho, que dedicou várias homenagens ao autor, o que foi merecido, como outros filósofos brasileiros, que a academia não dá destaque. Também relacionado ao socialismo e ao anarquismo, em destaque para o cooperativismo. Também traduziu inúmeras obras de diversos filósofos clássicos, sendo fundamental a filosofia brasileira e ao acesso ao conhecimento e a cultura. As traduções foram para a Editora Flama. Dizia que a cultura não devia se limitar a uma pátria. Como anarquista, defendia ideias de Proudhon, que era polêmico pela opinião em relação à propriedade, que entendia ser um roubo. Assim não era bem visto pelos marxista, ademais. Numa ocasião, por outro lado demonstrou, mesmo sem saber de mineralogia, responder a pergunta de alguém em um evento, elucidando possibilidades que mesmo a pessoa da área não sabia tantas possibilidades. Também numa conferência, teria parado no meio, a fim de anotar uma ideia que seria da obra Filosofia Concreta. Escreveu essa obra geometricamente. Falando nisso, seu pensamento também parece ter esse lado esotérico, na questão dos números e de Pitágoras, que parece ser o inspirador de muitas sociedades místicas e com uma análise simbólica dos números. O número de um ente teria todas as relações com outros entes. O mundo pode ser visto como formado por números. Só podemos conhecer por analogia ou símbolo. Olavo disse também sobre Mário, que entrevemos mas não vemos. Leva ao entendimento da forma essencial. Os números são uma série de categorias lógicas. Para quem estuda ou tem curiosidade por numerologia ou cabalística, percebe que os números são muito mais que quantidades, ou meros signos. A realidade se reveste desse código numérico, e cada vez mais, seja pelo DNA, inteligência artificial, algoritmos, mecânica quântica etc, se percebe que a realidade se reveste de um código ou formas essenciais. A filosofia em pré-socráticos buscava essa forma universal, e Pitágoras a colocava no número, que entendia divino. Mário Ferreira tem muito material, até mesmo em áudios, onde ensina sobre diversos temas. Seus livros eram vendidos a crédito de porta a porta, sendo o primeiro sistema nesse sentido. Ademais, voltando ao pensamento, número é norma. Mário entendia a escada de Jacó como sendo a filosofia. Coloca nos degraus Platão, Aristóteles e Pitágoras. Como ensina o rosacruz Krumm-Heller, todas as coisas conhecidas têm um número, já que o número é a condição essencial da existência de todas as coisas, como lembra Pizzinga, o qual cita Mário explicando os poliedros platônicos. Enfim, Mário tem de ser lembrado e estudado na formação brasileira e também internacional, sendo um autor grandioso. Mário Ferreira dos Santos faleceu em 1968, de uma doença cardíaca.